Ata do Copom prevê taxa Selic em 14,25% diante de cenário inflacionário desafiador
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou, em sua última reunião, elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual (pp) na Selic em março, o que aumentariaa taxa de juros dos atuais 13,25% para 14,25% ao ano. O indicativo para a próxima reunião é a última sinalização feita pelo colegiado, que optou por deixar em aberto as decisões da política monetária a partir do encontro do mês de maio.

Essa decisão é justificada pela análise de cenário. “O Comitê avaliou que os determinantes de prazo mais curto, como a taxa de câmbio e a inflação corrente, e os determinantes de médio prazo, como o hiato do produto e as expectativas de inflação, seguem exigindo uma política monetária mais contracionista”, afirmou na ata.

“Para além da próxima reunião, a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, disse o colegiado.

O ambiente externo segue desafiador, especialmente devido à conjuntura econômica dos Estados Unidos. A postura da política monetária americana, que impacta diretamente os fluxos de capitais para mercados emergentes, adiciona incertezas ao cenário econômico global orçando a necessidade de cautela por parte das economias emergentes.

“Comitê acompanhou com atenção os movimentos do câmbio, que tem reagido, notadamente, às notícias fiscais domésticas, às notícias da política econômica norte-americana e ao diferencial de juros”, destacou. 

No Brasil, os indicadores de atividade econômica e mercado de trabalho têm demonstrado dinamismo, sustentados por um consumo aquecido e forte concessão de crédito. Entretanto, a inflação está cheia e seus núcleos permanecem acima da meta estipulada pelo Banco Central. As expectativas para 2025 e 2026, aferidas pela pesquisa Focus, subiram significativamente para 5,5% e 4,2%, respectivamente, apontando uma desancoragem preocupante.


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