Com um crescimento de 8,7% no resultado acumulado até novembro, o setor de serviços “certamente” vai fechar o ano em alta em 2022. A afirmação foi feita pelo o analista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Luiz Carlos de Almeida Junior, que comentou nesta quinta-feira (12) o resultado da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) referente a novembro.
O crescimento é puxado principalmente, segundo ele, pelos segmentos de tecnologia da informação e de transportes de cargas. No resultado até novembro, a expansão dessas atividades em 2022 foi de 17,9% e 15,2%, respectivamente, ritmo muito superior ao da média dos serviços.
“Em 2022, até novembro, o setor de serviços tem crescimento de 8,7%. Certamente vai fechar no campo positivo. Os motores disso, que foram os grandes responsáveis pelo crescimento pós-pandemia, são os setores de tecnologia da informação e os transportes, mais especificamente o transporte de cargas. Apesar dessa perda de fôlego nos últimos dois meses, são os setores mais dinâmicos e que têm puxado o setor de serviços até então”, disse Almeida Junior.
O crescimento dos serviços em 2022 se segue a uma expansão de 10,9% em 2021, já num movimento de recuperação após o primeiro ano da pandemia, quando houve queda de 7,8% da atividade. Naquele momento mais intenso de isolamento social, os serviços foram o setor mais afetado pela pandemia.
Com uma realidade diferente, a área de tecnologia da informação, lembra o analista do IBGE, foi uma das poucas que avançou durante a pandemia, favorecida por digitalização dos serviços, oferta de serviços virtuais e a questão do home office. As empresas tiveram que se adaptar ao trabalho remoto e ao isolamento social, ampliando a demanda por serviços de TI.
“TI é uma atividade extremamente dinâmica e foi uma das poucas que conseguiu crescer durante a pandemia. E continua a crescer num ritmo considerável”, explicou.
O setor de transportes, por sua vez, acumula alta de 13,6% no acumulado de 2022 até novembro. A taxa do segmento de cargas é ainda maior, de 15,2%. Almeida Junior ressaltou a ligação desse segmento com o transporte de produtos agrícolas, a importação de insumos e fertilizantes e também com o avanço do comércio eletrônico. “As compras on-line tiveram um impulso muito grande nesses últimos anos, o que provocou um boom em logística de entrega”, disse.
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