No primeiro semestre deste ano, 51 obras de infraestrutura de transportes foram entregues em todo o país pelo Governo Federal. São obras que melhoram a logística e trazem mais eficiência e segurança para os transportes rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário. O investimento federal no período foi de mais de R$ 3 bilhões em novos empreendimentos e na retomada de obras paradas. O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (2), pelo Ministério da Infraestrutura.
No período, foi possível entregar restauração e finalização de rodovias, construir instalações portuárias e investir em melhoramentos aeroportuários. Nos primeiros seis meses, foram R$ 18,89 bilhões de investimentos contratados.
“Um dos objetivos do ministério é fazer a integração do território, é levar a logística para as pessoas que precisam, interiorizar essa logística, dar eficiência àqueles centros produtivos, induzir desenvolvimento naquelas regiões menos desenvolvidas. A infraestrutura tem esse papel”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
Concessões
Na área de concessões, 29 ativos públicos de infraestrutura foram concedidos à iniciativa privada, totalizando R$ 17,85 bilhões em investimentos contratados. A estimativa do ministério é que possam ser criados 338 mil empregos diretos e indiretos ao longo dos contratos.
“Esses leilões mostram uma aliança do país com o setor privado, com os investidores. Foi uma grande demonstração de confiança em um período em que se discutia se os investidores apostariam no Brasil, se o momento era propício para fazer leilões e mostramos que sim”, frisou o ministro.
Em abril, o Ministério da Infraestrutura promoveu a Infra Week, semana que concentrou a maioria dos leilões de concessões. Foram 22 aeroportos, cinco arrendamentos portuários e uma concessão ferroviária, totalizando R$ 10 bilhões em investimentos contratados e R$ 3,56 bilhões em arrecadação.
Rodovias, Ferrovias, Aeroportos e Portos
De janeiro a junho, foram entregues 927 quilômetros de rodovias pavimentadas, duplicadas e reconstruídas. As obras devem avançar mais no segundo semestre, quando cessa o período de chuvas.
E foram entregues ainda 170 quilômetros de novas ferrovias. Em 2021, houve crescimento de 13,7% no transporte de cargas em ferrovias. A ideia é chegar em 2035 com uma participação de quase 40% do modal transporte ferroviário no transporte.
Nos aeroportos, foram investidos R$ 130 milhões em melhorias nos aeroportos de Foz do Iguaçu (PR) e Navegantes (SC). Em portos e hidrovias, R$ 35 milhões foram empregados e iniciativas, como a retomada da operação da eclusa do Sobradinho, no Rio São Francisco.
Obras entregues
Entre janeiro e junho foram retomadas e finalizadas obras que estavam interrompidas há anos. Um exemplo é a Ponte do Rio São Francisco entre Alagoas e Sergipe. O ministro afirmou que um dos princípios da gestão da pasta é concluir obras inacabadas. “Obras paradas não geram taxa de retorno, é fundamental concluir.”
Entre as entregas em destaque estão a Ponte do Abunã, que faz a integração entre Rondônia e Acre e facilita o transporte de cargas que era feito por balsa. A conclusão da ponte sobre o Rio Parnaíba, entre Santa Filomena (PI) e Alto Parnaíba (MA), na BR-235. Também teve início a operação da Ferrovia Norte-Sul até Rio Verde (GO).
Desburocratização
A modernização de serviços e a redução da burocracia também avançaram nesse primeiro semestre. Houve a implantação do Novo Código Brasileiro de Trânsito com foco maior na educação para o trânsito e maior peso nas punições para as condutas de maior gravidade.
Também ocorreu a digitalização de serviços como embarque por meio de biometria, a carteira de trânsito digital e o aplicativo InfraBR, que fornece informações de serviços essenciais em rodovias para caminhoneiros.
Perspectivas para o segundo semestre
A expectativa é encerrar o ano de 2021 com mais de 100 obras entregues, superando o ano de 2020 quando foram 92 obras. Uma das metas é avançar na área de rodovias no segundo semestre e superar os 2 mil quilômetros de novas rodovias pavimentadas, duplicadas e reconstruídas. No transporte ferroviário, está prevista a conclusão da Ferrovia Norte-Sul e o início da Ferrovia de Integração Centro-Oeste.
Também no segundo semestre, a previsão é fazer 18 arrendamentos e uma desestatização na área de portos com investimentos previstos de pelo menos R$ 2,35 bilhões. A renovação da concessão da ferrovia Ferrogrão com investimento de R$ 16,77 bilhões, a relicitação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN) com investimento de RS 308,9 milhões e quatro concessões rodoviárias com investimento de 23,57 bilhões.
“Estamos pisando no acelerador para gerar o máximo de investimento que pudermos e vamos ter uma repercussão enorme em termos de ganho de eficiência, melhoria em tempo de viagem, qualidade de vida para o usuário, empregos gerados. E isso vai acontecer nos próximos anos”, salientou Tarcísio Gomes de Freitas.
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