A movimentação de produtos florestais e outros derivados da celulose, incluindo o papel, registrou a maior alta no período, de 26,5%
Os terminais portuários privados do Brasil movimentaram 185,3 milhões de toneladas em cargas no primeiro trimestre de 2021, alta de 11% em relação a igual período do ano passado, com impulso do comércio de minerais e commodities agrícolas, disse nesta terça-feira a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).
A movimentação de produtos florestais e outros derivados da celulose, incluindo o papel, registrou a maior alta no período, de 26,5%.
O petróleo e derivados, com avanço de 19,5%, assim como as cargas de ferro e minério de ferro, que apuraram alta de 17,5%, também deram impulso às movimentações no primeiro trimestre, segundo os dados da ATP.
Os terminais privados operados por companhias como a mineradora Vale, a Transpetro e as tradings de grãos norte-americanas Cargill e Bunge são responsáveis por cerca de dois terços da carga portuária total do Brasil, disse à Reuters nesta terça-feira o presidente da ATP, Murillo Barbosa.
Ele afirmou que a proporção têm se mantido estável nos últimos anos, acrescentando que os operadores domésticos de portos privados ajudaram o Brasil a se solidificar como um dos maiores exportadores de commodities do mundo.
Um aumento de quase 18% na movimentação de cargas conteinerizadas foi impulsionado pelo crescente comércio de carnes e produtos florestais do Brasil e por importações de plásticos e alumínio, de acordo com os dados trimestrais da ATP.
Ele afirmou ainda que os terminais portuários do Brasil estão a caminho de quebrar o recorde de movimentação de 760 milhões de toneladas estabelecido no ano passado.
Em relação aos atrasos na safra de grãos do país, que limitaram a passagem dessas commodities pelos portos, Barbosa disse que este foi um evento de vida curta.
Mesmo com os atrasos causados pelo clima, a movimentação de granéis sólidos avançou 7% no primeiro trimestre, segundo a ATP.
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