Novo mundo. Novos tempos
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* Cyro Buonavoglia

Para onde vamos? Quais serão os novos caminhos que percorreremos, depois de tantas mudanças causadas pela pandemia? A única certeza que temos, até então, é de que nada será como antes e que o mundo terá, cada vez mais, inovações para atender as demandas desse momento, considerado um dos mais desafiadores, depois da Segunda Guerra Mundial, de acordo com a ONU (Organizações das Nações Unidas).

Com a necessidade de isolamento, hábitos antigos ficaram obsoletos em apenas poucos meses e uma nova sociedade digital começou a nascer. Entre os exemplos de mudança, está a adesão ao trabalho remoto, mais conhecido como “home office”. Somente no Brasil, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio, essa modalidade de trabalho cresceu 30%, desde abril de 2020.

Esse crescimento expressivo mostra que as empresas perceberam que é perfeitamente possível trabalhar dessa forma, sem perder qualidade ou nível de comprometimento e disponibilidade do colaborador, desde que ele tenha função ou cargo para atuar dentro desse formato de trabalho. 

Isso acontece, evidentemente, porque a tecnologia é nossa grande aliada. Com ferramentas inovadoras, podemos trabalhar de qualquer parte do mundo, com eficiência e gerando mais qualidade de vida. Sem a tecnologia, não teríamos a flexibilidade de fazer reuniões por videoconferência e, sem Whatsapp e Telegram, a comunicação seria muito mais lenta.

O fato é que o novo mundo vai mexer com o estilo de vida de todos nós, se já não mexeu. Teremos que mudar comportamentos e derrubar crenças, que nos acompanham há anos. Lógico que não é fácil encarar tanta mudança; sabemos que a adaptação ao novo não acontece do dia para a noite.

Mas, por outro lado, é desafiador e emocionante saber que fazemos parte de processo tão importante para a história da humanidade, mesmo que seja um capítulo triste.

Transformação digital

Trabalhar à distância, por exemplo, era um movimento muito tímido, afinal, há décadas trabalhávamos de forma tradicional, dentro dos escritórios. Até nos Estados Unidos, que é um país de vanguarda tecnológica, apenas um terço das pessoas trabalhava de casa antes da pandemia, de acordo com pesquisa da Workhuman, empresa de tecnologia de gerenciamento de capital humano.

Aulas à distância também ganharam espaço e isso abriu precedentes para muitas novidades nos próximos anos. Além disso, o comportamento online mudou, ou seja, nos rendemos ainda mais às compras em e-commerces, ao mesmo tempo em que passamos a ler ebooks, assistir lives e nos conectar com amigos e familiares por aplicativos de vídeo online.

Na saúde, muita inovação está sendo criada e, tenho certeza, de que diversas novidades e resultados de pesquisas chegarão nos próximos meses. Na área de recursos humanos, entrevistas estão sendo feitas à distância, com ferramentas muito produtivas, o que facilita muito a vida dos entrevistadores e dos candidatos.

Essa transformação digital está mudando tudo de uma forma avassaladora, provando, mais uma vez, que a tecnologia não é uma vilã, mas sim nossa aliada. Como sempre afirmo, ela não substituirá o ser humano; ao contrário, ajudará muito nas tarefas repetitivas e rotineiras, abrindo espaço para que o homem se dedique a ações mais inteligentes e estratégicas. Precisaremos ainda mais de mentes brilhantes para ajudar nessa transição tecnológica.

Esse novo mundo ainda causa uma certa apreensão nas pessoas, mas, passado o primeiro momento da pandemia, que provocou susto e tensão nas empresas, vivemos agora um momento de aceitação e de preparação para o novo.

Muita coisa ainda vai mudar e precisamos estar prontos para isso, sempre pensando de forma coletiva, afinal, se tem algo que a pandemia ensinou a muitas pessoas é que não estamos sozinhos no planeta.

Assim, de maneira nostálgica, vamos sentir saudades do modo antigo em que vivíamos…

* Cyro Buonavoglia, 71 anos, com vasta experiência em comércio e indústria, cursou Administração de Empresas pela Faculdade Dom Pedro II; atuou nas áreas de indústria e comércio e é um dos fundadores da Buonny Projetos e Serviços, há 26 anos, que se transformou em um conglomerado de empresas, que busca atender com eficácia o mercado nos segmentos de logística, saúde, tecnologia e energia fotovoltaica. O executivo também fundou as entidades: GRISTEC (Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento) e SINDIRISCO. Atualmente como Presidente do Grupo Buonny, sua principal meta é avançar com o crescimento das empresas que compõe o grupo, por meio de investimentos em tecnologia, que vão melhorar a qualidade dos produtos e serviços prestados.


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