Na falta da infraestrutura
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As condições de infraestrutura das vias têm relação direta com a segurança no trânsito, tanto quanto a responsabilidade e competência dos motoristas.  Apesar disso, o transporte rodoviário enfrenta graves problemas com a baixa qualidade da estrutura viária.

Para se ter uma ideia, segundo um estudo divulgado ano passado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) apenas 12,4% da malha rodoviária é pavimentada. Outro dado publicado pela CNT na pesquisa mais recente sobre sinalização apontou que 59,2% dos mais de 105 mil quilômetros de rodovias avaliadas apresentaram problemas nas placas e nas pinturas das faixas laterais e centrais.

Vale lembrar que no Brasil o transporte rodoviário é responsável pela movimentação de mais de 60% das mercadorias e de mais de 90% dos passageiros. Onde sobra demanda, falta segurança.

O governo, por sua vez, justifica-se indicando que não há orçamento para realizar todos os reparos necessários e manter uma boa infraestrutura viária, diante desse impasse, investe em concessões e Parceria Público Privadas (PPPs). Na semana passada, houve um anúncio do Ministério da Infraestrutura de que, até 2022, pretende-se que ocorra a concessão de mais de 7 mil quilômetros de malha rodoviária, o que representará um aporte de R$ 53,6 bi para o país.

O SETCESP acredita que as concessões e parceiras são uma boa solução para a melhoria da infraestrutura rodoviária e o aumento da segurança para o tráfego nas vias, no entanto, é preciso uma gestão eficiente e que não acarrete custos desmedidos ao cidadão e ao empresário do TRC para o uso dessa infraestrutura.

Também é preciso uma política de reajustes de preço de pedágios que seja coerente com a realidade econômica no país. Além disso, uma atuação permanente de reparos e conservação dessas vias por parte das empresas privadas.


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