No Brasil, a palavra “esperteza” tem uma conotação de malandragem.
De acordo com pessoas comuns e simples que consultei nas ruas, “pessoas espertas são aquelas que não se deixam passar para trás e ainda passam a perna nos mais bobos e ingênuos.”
Ainda segundo essas pessoas, uma pessoa esperta é também desonesta. “Se ela encontrar uma carteira de dinheiro na rua, jamais procurará seu dono. Ficará com ela”, me disseram.
Essas pessoas espertas também são aquelas que pouco fazem mas aparecem muito e conseguem enganar seus patrões e colegas com muita facilidade.
Outro exemplo que me deram de uma pessoa “esperta” é que “ela é muito esquecida. Ela se esquece de devolver, de pagar, de se responsabilizar por alguma coisa que lhe dê trabalho.
Ela não se compromete. Ela tem sempre uma desculpa pronta para escapar de responsabilidades.”
Minha pergunta seguinte foi: vale a pena ser “esperto ou esperta”?
E o que me surpreendeu é que boa parte das pessoas disseram que, “às vezes, vale a pena no curto prazo, mas nunca valerá a pena no longo prazo. Um dia pegam você”, me disseram vários entrevistados. “E aí sua esperteza acaba de vez”, completaram.
Muitos citaram como exemplo os políticos e empresários “espertos” que foram pegos na
Lava Jato. “Eles tinham certeza de que jamais seriam descobertos e menos ainda presos”, afirmaram.
Mas o que mais me chamou a atenção nessa pequena enquete que fiz, foi que a grande maioria afirmou que o tempo de ser “esperto” no Brasil está acabando e que o jeitinho esperto do brasileiro está com seus dias contados, até porque “todos nós brasileiros estamos cansados dessa esperteza que só tem nos tem prejudicado.”
E você? O que pensa sobre isso?
Pense nisso. Sucesso!
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