Novo Processo de Importação já é acompanhado por 82% das principais empresas importadoras
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Um levantamento feito pela multinacional de tecnologia Thomson Reuters em parceria com o Instituto Aliança Procomex ouviu cerca de 200 profissionais das principais empresas que importam mercadorias no Brasil e seus parceiros para conhecer os principais desafios e oportunidades com relação ao Novo Processo de Importação, que entra em vigor em 2020.

A sondagem constatou que 73% deles já estão se movimentando para mudar os processos internos, enquanto 66% pensam em atualizar a solução tecnológica que utilizam para a gestão de comércio exterior. O estudo também revela que as empresas estão mais atentas aos prazos, uma vez que 82% afirmaram já ter destinado profissionais para acompanharem a implementação do Novo Processo de Importação. Em 73% delas, o assunto é tratado diretamente pelos gestores (diretores ou gerentes). Em relação a prazos, 66% dos respondentes acreditam que a adequação levará seis meses ou mais para serem concluídas.

“O Novo Processo de Importação, centrado na DUIMP, está previsto inicialmente para entrar em vigor no final de 2020, mas as empresas precisam se preparar desde já para estar 100% adequadas e garantir eficiência na operação. Os primeiros testes já começaram e são muito importantes para se identificar o que precisa ser aprimorado e modificado no processo atual de cada empresa. Quem deixar para última hora, além de ficar atrás dos concorrentes, pode até mesmo ver sua operação paralisar. Algumas empresas chegaram a ficar alguns dias sem exportar seus produtos em 2018 por não se atentarem a isso quando a DU-E entrou em vigor”, afirma Luis Sena, Gerente Sênior da solução ONESOURCE Global Trade, para gestão de comércio exterior, da Thomson Reuters no Brasil.

“Os resultados da sondagem comprovam que as empresas estão atentas e sabem que é preciso trabalhar desde já. A melhor forma de se adequar é simular desde já as exigências do novo processo. A Thomson Reuters já disponibiliza na solução ONESOURCE Global Trade um ambiente de testes com as funcionalidades já desenvolvidas pelo governo federal e, a partir de abril, a funcionalidade já estará disponível de maneira definitiva no sistema”, completa Luis Sena.

Sobre a DUIMP
Ampliar em US$ 24 bilhões o PIB brasileiro e aumentar a corrente de comércio de 6% a 7% em apenas um ano. Essa é a estimativa do governo com a implementação do Novo Processo de Importação, que irá simplificar e trazer mais tecnologia para o comércio exterior no Brasil. Os dados foram apresentados pelo governo federal em evento realizado no mês de fevereiro. As mudanças, que terão como principal novidade a DUIMP – Declaração Única de Importação, estão previstas para entrarem em vigor no fim de 2020. Essa ação é parte do Acordo Sobre Facilitação de Comércio, assinado com a OMC (Organização Mundial do Comércio) em 2013.

Com a DUIMP, tudo passa a ser digital. Todas as informações sobre as importações ficarão concentradas em um único documento no Portal Único de Comércio Exterior do governo federal, o que facilita a validação dos dados, simplifica a emissão das licenças necessárias para a entrada de produtos no país e unifica a declaração em todo o território nacional. Os impactos serão imediatos. De acordo com o governo federal, os prazos médios de importação vão cair em 40%, dos atuais 17 para 10 dias, equiparando o Brasil com as principais economias do mundo. Estima-se que a grande maioria das mercadorias sejam liberadas antes mesmo de chegarem ao país. Será um complemento para a DU-E (Declaração Única de Exportação), implementada em 2018.

John Edwin Mein, Coordenador Executivo da Aliança Procomex, alerta para o fato que ao mesmo tempo que a introdução da DUIMP simplifica significativamente os processos de comércio exterior, trazendo grandes benefícios para as empresas em termos de diminuição de tempo de importação e aumento da confiabilidade do processo, exige que as empresas se adequem aos novos processos investindo na mudança de procedimentos, processos e sistemas internos da empresa.

 


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