Prefeito Bruno Covas anuncia decreto que cria programa de integração dos dados sobre acidentes de trânsito
Compartilhe
26/02 – 15:44 / Prefeitura de São Paulo / Mobilidade e Transportes

O prefeito Bruno Covas anunciou nesta sexta-feira (22) o decreto que estabelece um grupo de trabalho para integração das bases de dados das secretarias municipais de Mobilidade e Transportes e da Saúde sobre acidentes com vítimas no trânsito da cidade. O comunicado será feito durante o seminário “Vida Segura em Ação! Políticas para zerar mortes no trânsito em São Paulo”, na Prefeitura de São Paulo. O objetivo é ter um banco único de dados sobre as mortes em decorrência de trânsito.

Desde 1979, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registra as informações sobre acidentes de trânsito com vítimas e os com mortes na cidade. A área de Saúde, que tem o segundo maior orçamento da capital paulista – pouco mais de R$ 8 bilhões para 2018 -, dedica parte significativa de sua verba para os casos relacionados a acidentes no trânsito. Com o cruzamento dos dados, será possível estabelecer políticas públicas de melhoria na segurança viária.

“Hoje estamos reafirmando o compromisso da cidade de São Paulo em reduzir a quantidade de acidentes e mortes no trânsito tendo como parâmetro o conceito de Visão Zero que diz que nenhuma morte é aceitável. Por isso, assinamos este decreto que institucionaliza o pareamento de dados da Secretaria da Saúde com a Secretaria de Mobilidade e Transportes. Com essa ferramenta poderemos estabelecer os impactos das intervenções viárias, os custos do sistema de Saúde para ajudar a Prefeitura a planejar suas ações e trabalhar na prevenção e na conscientização sobre segurança no trânsito”, afirmou o prefeito Bruno Covas.

Essa medida conta com o apoio da Iniciativa Bloomberg para a Segurança Global no Trânsito, que desde 2015 auxilia a Prefeitura na implementação de intervenções de segurança viária.

Um dos maiores desafios à integração dos dados da Saúde e Transportes foi desenvolver um método eficaz em uma cidade como São Paulo, com população estimada em mais de 12 milhões de pessoas. “Trata-se de um trabalho minucioso, que está em desenvolvimento. As informações serão importantes para traçarmos medidas de segurança na mobilidade, com o objetivo de preservar vidas no trânsito. Essa integração de bases dará um salto de qualidade incrível, abrirá muitas portas em termos de políticas públicas e combate à violência no trânsito”, afirma o secretário de Mobilidade e Transportes, Edson Caram.

O secretário da Saúde, Edson Aparecido, avalia que “o cruzamento de dados vai possibilitar uma análise mais efetiva dos locais dos acidentes, possibilitando a estruturação de ações e intervenções que vão evitar ocorrências futuras e, por consequência, salvar muitas vidas. Além disso, vai facilitar a classificação dos óbitos causados no trânsito, dando mais agilidade ao processo. ”

O método proposto pela iniciativa foi o pareamento probabilístico, que consiste em encontrar campos comuns a ambas as bases de informações. Ou seja, comparam-se os registros de cada base com aqueles ocorridos na mesma data, como pessoas de mesmo nome (ou de grafia ligeiramente diferente) e mesma data de nascimento – e óbito, quando for o caso – para que sejam registrados como parte de uma mesma ocorrência (acidente – atendimento de emergência – internação – óbito).

Projetos semelhantes a este já foram feitos em diversos países membros do Grupo Internacional de Análise de Dados em Segurança Viária (International Traffic Safety Data and Analysis Group, IRTAD), braço da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para segurança no trânsito.

Uma vez concluído, o pareamento de dados ajudará a dar uma melhor dimensão do impacto que os acidentes de trânsito têm para o município, assim como no aperfeiçoamento de políticas e medidas à segurança no trânsito.

*A partir dos resultados do pareamento, espera-se que seja possível:

  • avaliar o impacto de intervenções viárias em termos de custos pecuniários para o sistema público de saúde e em termos de custo de oportunidade para as vítimas;
  • avaliar o impacto de intervenções viárias sobre gravidade de ferimentos, com variação para os custos de saúde;
  • permitir que se relacionem informações concernentes à gravidade do acidente a fatores de risco (uso de cinto de segurança, grau de alcoolização etc.);
  • adicionar novas dimensões de análise aos diagnósticos realizados pela CET (por exemplo, Relatório Anual de Acidentes de Trânsito);
  • estimar a dimensão total dos feridos e mortos no trânsito, valendo-se de uma abordagem de captura e recaptura para as observações.

 


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.