Polícia Federal em SP deflagra Operação Strike contra roubo de caminhões
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25 de Março de 2013 – 10h00 horas / ASCOM PF
A Polícia Federal cumpriu, na semana passada, sete mandados de prisão e dez mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo/SP, Guarulhos/SP, Arujá/SP, Itaquaquecetuba/SP e Mogi das Cruzes/SP, além do seqüestro de 23 veículos.
Os criminosos agiam, principalmente, nas Marginais Tietê e Pinheiros, durante a noite, logo depois do horário de restrição ao tráfego de caminhões.
Segundo as investigações, os crimes eram praticados sempre da mesma maneira. Eles usavam ao menos 3 automóveis e se faziam passar por cidadãos gentis, alertando os motoristas sobre falsos problemas com o caminhão. Os caminhoneiros paravam os veículos na pista e, em seguida, eram roubados. O valor dos caminhões roubados ultrapassa os R$ 4 milhões.
Quando não conseguiam ludibriar os motoristas, os ladrões se passavam por falsos policiais. Instalavam uma luz intermitente no capô dos veículos e fingiam se tratar de uma blitz, obrigando os caminhoneiros a parar.
A ação criminosa não parava por aí. Depois de roubar o caminhão, os ladrões colocavam as vítimas em um carro e as levavam para um cativeiro, onde permaneciam até a manhã do dia seguinte.
O seqüestro fazia parte de uma estratégia para garantir o proveito do crime, pois evitava que os caminhoneiros comunicassem a Polícia e as empresas seguradoras e de rastreamento, que poderiam bloquear o funcionamento dos caminhões. Horas depois, quando as vítimas eram libertadas, o veículo já havia sido levado para um receptador que utilizava aparelhos bloqueadores de sinal de telefonia celular, conhecidos como “jammers”, impossibilitando a localização do caminhão.
Durante as investigações, a Polícia Federal acompanhou os passos da quadrilha e conseguiu identificar dezenas de vítimas, que relataram terem sido amedrontadas durante os momentos em que foram mantidas reféns e ameaçadas para que não reconhecessem os criminosos.
Foram instaurados 19 inquéritos policiais para apuração de 27 crimes de roubos, seqüestros e formação de quadrilha. As penas, se somadas, podem variar entre 6 e 16 anos de prisão para cada um dos 27 crimes.
Os caminhoneiros que foram vítimas de roubos com essas características e que tiverem condições de identificar os criminosos poderão procurar a Polícia Federal em São Paulo para a realização de reconhecimento fotográfico. O contato da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio é (11) 3538-5670.
O nome da Operação Policial, “Strike”, está relacionado ao termo freqüentemente utilizado pela própria quadrilha para se referir a um modelo específico de caminhão. No boliche, significa a derrubada de todos os pinos e, comparativamente, aplica-se à prisão de todos os integrantes da quadrilha.

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