Não foi a arrancada que o setor esperava. No primeiro trimestre do ano passado foram vendidos no país 37.631 caminhões. Este ano, no mesmo período, 34.349, queda de quase 9%.
As vendas caíram porque bancos estão mais duros na hora de liberar o crédito e os caminhões novos estão, em média, 15% mais caros. Eles vêm de fábrica com uma nova geração de motores que só aceita um diesel especial, ecológico, de baixo teor de enxofre.
O diesel S-10 gera apenas dez partículas de poluentes por milhão, bem menos que o tradicional, de 1,8 mil partículas. Poluição que cai, preço que sobe em média R$ 0,15 por litro.
“São fatores que comprometeram o aumento do custo do frete para o transportador, que ele não consegue de fato repassar para o cliente”, afirma o gerente comercial Leandro Cruz.
A velocidade de investimento já não é a mesma nas transportadoras. Todo o ano uma empresa de Ribeirão Preto comprava entre 10 e 15 carretas. Desta vez, com o crédito mais restrito e os caminhões mais caros, o dono decidiu: vai manter a frota do jeito que está.
“Não é hora de fazer investimento, por hora náo. Precisamos aguardar a definição do mercado para gente ver o que faz”, afirma José do Carmo Resuto.
Para retomar as vendas, uma concessionária contratou uma equipe de vendedores só para visitar os clientes cautelosos. “Buscando esse cliente na sua residência, na sua empresa, e fazendo algumas promoções com relação a preço de alguns caminhões, alguns modelos”, diz Henrique Biasoli.
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