Tenho visto, com preocupação, que muitos jovens sentem uma enorme dificuldade em se relacionar com outras pessoas.
Frutos de famílias pequenas ou mesmo filhos únicos, passaram a infância e boa parte da adolescência de forma muito solitária, plugadas o dia todo em seus smartphones ou sozinhos em seus quartos assistindo a seriados e filmes.
Isso tudo fez com que esses jovens não tivessem aprendido naturalmente a se relacionar livremente com pessoas, a negociar, a enfrentar dissabores, coisas que eram comuns e naturais em famílias maiores, onde o convívio com irmãos, primos, vizinhos, exigia que essas habilidades fossem naturalmente desenvolvidas.
Crescida nesses ambientes, essa geração parece se relacionar melhor com animais do que com pessoas e parece ter medo de gente, evitando relacionamentos interpessoais.
Isso traz uma grande repercussão para o mundo do trabalho, para o ambiente empresarial, pois essa nova geração está começando a fazer parte da força de trabalho e as habilidades de relacionamento interpessoal são essenciais para o sucesso pessoal e profissional.
Assim, caberá, cada vez mais, às empresas, desenvolver programas e projetos que estimulem a convivência e o inter-relacionamento entre seus colaboradores e entre seus colaboradores e clientes e entre seus colaboradores e fornecedores. Esses jovens — de até 30 anos — precisam desse estímulo pois do contrário continuarão com essa dificuldade, fruto de sua educação e de sua geração.
Embora possa ser desagradável aos jovens, temos que forçá-los a contatar clientes, fornecedores e dar a eles habilidades de comunicação, para enfrentar essa dificuldade, até para que possam ter sucesso pessoal e profissional, pois a vida em sociedade exige relacionamentos interpessoais frequentes.
Pense nisso. Sucesso!
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