2020 começou com uma série de notícias sobre concessões de rodovias. A estimativa é que os próximos leilões produzam R$ 65 bi em obras.
Uma dessas concorrências já ocorreu: o leilão do corredor Piracicaba-Panorama, daqui do Estado de São Paulo, já foi ofertado por R$ 1,1 bilhão. A concessão prevê investimentos que somam R$ 14 bilhões para a infraestrutura rodoviária que atravessa o Estado desde a região de Campinas até o extremo oeste, próximo à divisa com o Mato Grosso do Sul.
Esse primeiro leilão, realizado na semana passada – dia 08 –, configura a maior malha rodoviária já licitada no país. Do total do investimento previsto ao longo dos 30 anos do contrato, cerca de R$ 1,5 bilhão será aportado já nos dois primeiros anos da concessão. E em todo o Brasil, programas similares estão previstos ao longo do ano.
Notícias como esta suscitam um otimismo. O processo de privatização tem contribuído para a melhoria da infraestrutura viária, o que reflete, e muito, no setor de transporte rodoviário de cargas, além de favorecer como um todo, o reaquecimento da economia.
No entanto, o SETCESP acredita que este processo deve seguir um sistema de tarifa de pedágio justo, com serviços que viabilizem a segurança, que resultem em qualidade na malha rodoviária e que tenham áreas de descanso, entre outros serviços aos usuários.
É evidente que os valores de pedágio impactam o orçamento do contribuinte, de uma forma ou de outra, mas quando se paga por um serviço em que não há retorno é muito pior. Atualmente, é possível constatar deformidades, como buracos, trincas no asfalto, falta de acostamento e sinalização em rodovias já concedidas à iniciativa privada.
Que em 2020 nossos custos sejam revertidos em real investimento, e não apenas em mais onerações.
voltar
