O problema é que o governo quer, como contrapartida da redução do índice de reajuste das tarifas, prorrogar os contratos de concessão por mais 10 ou 15 anos. “Com isso, ficamos sem a única medida que pode efetivamente corrigir a distorção dos pedágios caros, dentro da lei, que é a abertura de novas licitações ao fim destes contratos em vigor”, argumenta o presidente do SETCESP, Francisco Pelucio, que assinou um ofício enviado à FETCESP (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo), pedindo que a entidade encampasse esta bandeira com o SETCESP.
Trecho do documento fala sobre aumentos muito grandes das tarifas ocorridos em 2007 e 2009. “Entendemos que a negociação deve passar pela efetiva diminuição do valor do reajuste já que em outros anos, como 2007 e 2009, as tarifas tiveram 19,55% de reajuste e a inflação ficou na casa dos 14,67%. Há dados da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias que o fluxo de veículos leves subiu 10,7% e de pesados 9,5%. Há gordura para ser queimada, e não podemos aceitar inertes a prorrogação dos contratos das atuais concessionárias que só irá contribuir para agravar o problema”, diz o ofício.
O desejo do SETCESP é levantar o debate sobre os altos custos do pedágio no Estado de São Paulo e a necessidade de uma real negociação levando em consideração os indicadores econômicos que dão ampla vantagem às concessionárias.
voltar