O Rodoanel começou a ser construído há 14 anos. Quando estiver totalmente concluído, terá 176 km de extensão e vai interligar as principais rodovias do estado. Dos quatro trechos, só dois estão prontos – o Oeste e o Sul.
Quando o Rodoanel foi idealizado, um dos principais objetivos era permitir um transporte de cargas mais rápido entre o interior de São Paulo – produtor – e o litoral do estado, onde a mercadoria é embarcada, tirando, assim, os caminhões de dentro da capital e, consequentemente, melhorando o trânsito.
Segundo Casagrande a confluência de tráfego num sentido único acaba prejudicando a fluidez do Rodoanel. “Existe hoje uma oferta que precisa ser suprida pela demanda e existe também uma questão de ganho de eficiência que o sistema de transporte precisa ter no estado de São Paulo. Hoje o Rodoanel não funciona como um anel, ele tem um formato em L e a asa Leste dele é suprida pela Avenida Jacu Pêssego. Então, ele funciona como uma ferradura. Isso faz com que os caminhões que vêm para São Paulo pela Rodovia dos Bandeirantes, pela Castello Branco, com destino à Fernão Dias e Dutra, por conta das restrições impostas na Marginal Tietê, têm o mesmo sentido de tráfego que os caminhões que seguem sentido Porto de Santos. Ou seja: quem vai para a região noroeste, norte ou leste do estado, com o mesmo cruzamento da região sul.”
Segundo o presidente da Dersa, as obras nos trechos Leste e Norte devem terminar em março de 2016. “O fechamento do anel está previsto para março de 2016 e aí vamos ter uma folga, uma oferta maior e corrigiremos este afunilamento do tráfego em sentido único que tem no Rodoanel”.
A Dersa afirma que o projeto do Rodoanel, idealizado há 20 anos, ainda é atual e capaz de suprir a demanda. “O Rodoanel é um anel rodoviário e não um anel viário. O projeto dele ainda é bastante atual, ele privilegia o uso rodoviário da via e faz com que a infraestrutura tenha uma sobrevida além da normal. Ele é uma rodovia fechada que não valoriza a urbanização, porque você só acessa ele pelas rodovias que o cortam. Ele é uma rodovia pedagiada, e deve ser assim para que o motorista não troque o trânsito urbano pelo Rodoanel. Ele serve para organizar o trânsito rodoviário de passagem pela capital. A via permite sua ampliação e que ganhe novas pistas de rolagem aumentando continuamente sua capacidade. A via tem um limite de saturação, mas entendemos que este limite vai atender a demanda até por volta da década de 2030”, explicou Casagrande.
voltar