Portanto, finalmente, houve um esclarecimento sobre a proposta de entrega noturna da Prefeitura. Diferente do que o setor tem proposto nos últimos anos, a carga e descarga passará a ser proibida de segunda a sexta-feira, das 5 às 21 horas, bem como a circulação dos Veículos Urbanos de Cargas (VUCs). Os locais de restrição ainda será definido. No entanto cogita-se que poderá atingir a Zona Máxima de Restrição de Circulação (ZMRC), um quadrilátero de 25 quilômetros quadrados, formado pela Marginal do Pinheiros, a Rua Cardeal Arcoverde e as Avenidas do Estado, Brigadeiro Luís Antônio e Juscelino Kubitschek, ou ampliar a proibição para uma área de 100 quilômetros quadrados.
Neste caso o presidente do SETCESP, Francisco Pelucio, esclarece que a entrega noturna poderá até ser viabilizada, desde que os estabelecimentos comerciais abram à noite para receber as mercadorias.
No entanto, a categoria continua a defender a liberação dos VUCs, inclusive nas áreas restritivas, como uma das formas de evitar o desabastecimento da cidade e, também, para que a medida não se torne inócua, se os transportadores tiverem que utilizar veículos com capacidade menor, o que provocará mais trânsito e poluição.
Agora a outra medida anunciada, afetará não apenas o transporte paulistano, mas o de todo o País. Isto porque inclui no rodízio de veículos todos os caminhões que circulam pelas Marginais do Tietê e do Pinheiros e pela Avenida dos Bandeirantes. A restrição valerá de segunda a sexta-feira, das 7 às 10 e das 17 às 20 horas, para os mesmos finais de placas dos carros.
Nesta proposta da prefeitura se concentra uma grande preocupação dos dirigentes do SETCESP, uma vez que os caminhões que cruzam a capital paulista, utilizam-se das Marginais para acessar outras rodovias. Francisco Pelucio, avalia que poderá haver congestionamentos em vários pontos nos horários restritivos, além de provocar mudanças nos processos logísticos dos segmentos econômicos que deverão gerar novos custos ao setor.
“A grande tendência é que no período restritivo ocorra uma concentração de veículos ao longo das rodovias que cruzam a cidade. Portanto outros transtornos poderão ocorrer e o horário do congestionamento apenas será alterado”. Esse assunto – completa Pelucio- deve voltar a ser analisado, somente após a conclusão do Rodoanel Mario Covas, que se tornará uma alternativa de tráfego para São Paulo e ao País.
O presidente do SETCESP deverá se reunir com o Secretário de Transportes, Alexandre de Moraes, nos próximos dias para conhecer com mais detalhes as medidas da prefeitura, expor as preocupações do setor, visando aumentar a mobilidade urbana e ao mesmo tempo viabilizar o abastecimento da cidade.
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