Prévia da inflação sobe 0,48% em fevereiro, puxada pelos combustíveis
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De acordo com o IBGE, os combustíveis subiram 3,34% no IPCA-15 de fevereiro. Já os alimentos desaceleraram

A prévia da inflação oficial brasileira subiu 0,48% neste mês de fevereiro. E o que puxou a carestia desta vez não foram os alimentos, mas os combustíveis.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este é o maior resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) para um mês de fevereiro desde 2017. No ano passado, por exemplo, o indicador marcou 0,22% no mês. Por isso, a inflação acumulada em 12 meses pelo IPCA-15 subiu de 4,30% para 4,57%.

O resultado do IPCA-15 de fevereiro, contudo, é menor que o de janeiro (0,78%) e também ficou levemente abaixo da expectativa do mercado (0,5%). É que a alimentação no domicílio, que vinha pressionando o bolso dos brasileiros nos últimos meses, desacelerou.

Segundo o IBGE, a prévia da inflação da alimentação no domicílio caiu de 1,73% em janeiro para 0,56% em fevereiro. Isso porque, nesse período, foram registradas quedas de preços em produtos importantes na cesta de consumo dos brasileiros, como batata-inglesa (-5,44%), leite longa vida (-1,79%), óleo de soja (-1,73%) e arroz (-0,96%). A cebola, por sua vez, subiu 19,17%.

Petrobras

Desta vez, portanto, o cargo de vilão da inflação ficou com os combustíveis, cujos reajustes estão por trás da crise na Petrobras, que perdeu R$ 100 bilhões em valor de mercado depois que o presidente Jair Bolsonaro decidiu colocar o general Joaquim Silva e Luna no comando da empresa, no lugar do economista Roberto Castello Branco.

De acordo com o IBGE, a inflação dos transportes subiu 1,11% no IPCA-15, por conta de uma alta de 3,34% dos combustíveis. O maior impacto veio da gasolina, que subiu 3,52%, no oitavo mês consecutivo de alta. Porém, também foram registradas altas nos preços do óleo diesel (2,89%), do etanol (2,36%) e do gás veicular (0,61%).

O gás de cozinha também registrou um aumento significativo, de 3,18%. Ainda assim, a inflação do grupo de habitação desacelerou, por conta da mudança da bandeira tarifária da energia elétrica, que saiu do patamar vermelho para o amarelo, fazendo com o que item caísse 4,24% no IPCA-15 de fevereiro.

Além dos combustíveis, pesaram na inflação os reajustes das mensalidades escolares, que elevaram em 2,39% a inflação da educação.


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