Prévia da inflação fica em 0,48% em fevereiro, puxada pela alta da gasolina
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O maior impacto no índice de fevereiro veio da gasolina, com a oitava alta consecutiva

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,48% em fevereiro, após registrar 0,78% em janeiro. Esse é o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2017, quando o índice foi de 0,54%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,57%, acima dos 4,30% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2020, a taxa foi de 0,22%. Os dados foram divulgados hoje (24) pelo IBGE 

Com alta de 1,11%, os transportes aceleraram em relação ao resultado de janeiro (0,14%) e foi o grupo com maior impacto (0,22 pontos percentuais), puxado pela alta dos preços dos combustíveis (3,34%). O maior impacto individual no índice do mês (0,17 p.p.) veio da gasolina, cujos preços subiram pelo oitavo mês consecutivo (3,52%). Também houve altas nos preços do óleo diesel (2,89%), do etanol (2,36%) e do gás veicular (0,61%).

Já a maior variação veio de Educação (2,39%), que contribuiu com o segundo maior impacto – 0,15 p.p. no resultado do mês. O desempenho reflete os reajustes anuais aplicados no início do ano letivo e a retirada de descontos praticados por algumas instituições de ensino ao longo de 2020, no contexto da pandemia de Covid-19.

A pressão negativa veio da Habitação (-0,74%), que havia apresentado alta de 1,44% no mês anterior. A queda é devido à redução nas tarifas de energia elétrica (-4,24%) registrada no IPCA-15 por conta da mudança das bandeiras tarifárias de vermelha patamar 2 ,em dezembro, para amarela, em janeiro e fevereiro, considerando os períodos de referência e base do IPCA-15. 

Outro impacto negativo vem do grupo Alimentação e bebidas, que vem desacelerando desde novembro e passou de 1,53% em janeiro para 0,56% em fevereiro, com impacto de 0,12 p.p. Isso é resultado da redução de preços de alimentos como a batata-inglesa (-5,44%), leite longa vida (-1,79%), óleo de soja (-1,73%) e arroz (-0,96%).  

À exceção de Goiânia (-0,03%), todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em fevereiro. O maior índice foi observado na região metropolitana de Fortaleza (0,95%), principalmente por causa das altas nos cursos regulares (8,86%). Na capital goiana, o índice foi impactado principalmente pela queda na energia elétrica (-4,88%). 

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de dezembro de 2020 a 14 de janeiro de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.


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