O segundo trimestre foi de crescimento da economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,9% no segundo trimestre, ante os três meses anteriores, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio acima da mediana das estimativas de 74 consultorias e bancos ouvido
Na comparação com o segundo trimestre de 2022, o PIB teve expansão de 3,4%, ante expectativa mediana de crescimento de 2,6%. As projeções iam de alta de 0,1% a 3,2%.
O IBGE também revisou o resultado do PIB do primeiro trimestre de 2023, que cresceu 1,8%, frente ao quarto trimestre de 2022, ante alta de 1,9% divulgada anteriormente.
Oferta
Pelo lado da oferta, o PIB da indústria teve expansão de 0,9% nos três meses até junho, perante os três meses anteriores. A mediana das estimativas apuradas pelo Valor apontava para alta de 0,5%. Em comparação ao segundo trimestre de 2022, o PIB industrial cresceu 1,5%. A estimativa apurada pelo Valor neste caso era de alta de 1%.
No PIB, a indústria engloba, além do setor manufatureiro e extrativo, a construção civil e a produção e a distribuição de energia e gás.
O PIB do setor de serviços, que engloba comércio, intermediação financeira e serviços públicos, cresceu 0,6% no segundo trimestre, em relação aos três meses antecedentes. A mediana das estimativas apurada pelo Valor apontava avanço de 0,5%. Em comparação ao segundo trimestre de 2022, o PIB do setor de serviços cresceu 2,3%, ante estimativa de avanço de 2,2%.
Após alta no primeiro trimestre, o PIB do setor agropecuário teve queda de 0,9% entre abril e junho, frente aos três meses anteriores. A projeção mediana de consultorias e instituições financeiras consultados pelo Valor era de queda de 3,5%. Ante o segundo trimestre de 2022, o PIB agro cresceu 17%. A expectativa mediana pelo Valor era de cresciment
Demanda
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,9% no trimestre até junho, ante os três meses anteriores, feito o ajuste sazonal. A expectativa mediana coletada pelo Valor era de um crescimento de 0,6%.
Frente ao segundo trimestre de 2022, o indicador teve alta de 3%. Bancos e consultorias estimavam alta de 2,3%.
A demanda do governo, por sua vez, aumentou 0,7% e a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe em máquinas, construção civil e pesquisa) subiu 0,1% no segundo trimestre, frente ao primeiro.
Analistas consultados pelo Valor estimavam recuo de 0,4% para o consumo do governo e aumento de 0,7% para a formação bruta de capital fixo, medida de investimento dentro do PIB.
Na comparação com o segundo trimestre de 2022, houve alta de 2,9% no consumo do governo e retração de 2,6% na FBCF. Nesta base de comparação, as projeções de mercado eram de alta de 1% e queda de 1,6%, respectivamente.
Por fim, a taxa de investimento atingiu 17,2% do PIB no segundo trimestre.
Setor externo
Segundo o IBGE, as exportações cresceram 2,9%, enquanto as importações tiveram alta de 4,5% no segundo trimestre, ante o primeiro.
Consultorias e instituições financeiras esperavam, alta mediana de 2,6% para as exportações e de 5% para as importações.
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