No lote da Rodovia Dom Pedro I, no qual está inserida a SP-332 (Rodovia General Milton Tavares de Souza) serão construídos sete pedágios no total, além de outras sete praças no lote da Marechal Rondon Leste, no qual está inserida a SP-101 (Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença) – que interliga Campinas, Hortolândia e Monte Mor. Na Região já funcionam pedágios em Nova Odessa (Anhangüera), Sumaré (Bandeirantes), entre Jaguariúna e Campinas (Rodovia Dr. Adhemar Pereira de Barros) e em Engenheiro Coelho (Engenheiro João Tosello).
Pelos estudos de viabilidade econômica das concessões divulgados no site da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), serão construídos pedágios nos quilômetros 129 e 169 da SP-332, respectivamente em Paulínia e em Engenheiro Coelho, e no quilômetro 33 da SP-101 (Rodovia Jornalista Francisco Aguirre de Proença), no limite entre Monte Mor e Capivari, próximo do trevo de acesso a Elias Fausto.
A análise sobre o impacto econômico é feita por um empresário do ramo de logística e pelos deputados estaduais Antonio Menor (PT), da oposição, e Francisco Sardelli (PV), da base situacionista. O empresário Cláudio Burquim, proprietário da CRD Logística, instalada em Paulínia, avalia que as vias de fuga não são adequadas para o tráfego de caminhões pesados, o que prejudica as vias urbanas, pois há danos na capa asfáltica por causa do intenso tráfego dos caminhões e riscos de acidentes.
“A SP-332 tem o pólo petroquímico e várias indústrias químicas. Colocar pedágio ali vai encarecer o custo dos fretes. Vai estourar no consumidor final”, avalia Burquim. Ele reconhece que as rodovias com pedágio são mais conservadas e oferecem mais segurança ao usuário, mas teriam a desvantagem do pagamento da tarifa.
Mentor é um crítico aos pedágios. “É evidentemente que a instalação de novos pedágios vai impactar a economia da Região. Esse é o modelo que o governo adotou em todo o Estado para o transporte rodoviário. Não vai haver mais estrada não pedagiada administrada pelo Dersa (Departamento de Estradas de Rodagens S.A.) ou pelas concessionárias”, acredita Menor.
Sardelli também é contra a construção de novos pedágios e as terceirizações e privatizações de rodovias, mas reconhece que a concessão aumenta a eficiência da administração das rodovias. “O aumento das praças de pedágio traz aumento para o custo de vida dos trabalhadores e de quem usa as rodovias”, admite Sardelli.
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