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10 de Março de 2014 – 02h36 horas / Luiz Marins

É tanta notícia ruim no mundo e no Brasil que corremos um sério risco de nos deixar contaminar a ponto de perder a esperança até mesmo no ser humano. É mensalão, corrupção, Síria, Irã, Israel, Egito, Ucrânia, Venezuela, Argentina, greve de garis no carnaval, estádios que desabam, crise de energia, aeroportos que não ficam prontos e estamos a menos de 100 dias da Copa e tudo o mais que você e eu assistimos e lemos todos os dias. O que fazer?


É claro que não advogo que vivamos alheios aos problemas do Brasil e do mundo, mas temos que manter o equilíbrio necessário para continuar trabalhando, fazendo as coisas certas do dia a dia e lembrar de nossas responsabilidades mais próximas de nós. Temos sim que agir, mas no momento certo e da forma democrática que nos cabe como cidadãos, ou seja, pelo voto, pelas formas civilizadas de protesto. Do contrário apenas pioraremos o que já está ruim. Temos que lembrar que a vida continua e que temos que produzir, atender clientes, tratar bem as pessoas, enfim, fazer o melhor que pudermos para construir uma nação mais honesta e um mundo melhor.


O problema é que vivemos num mundo tão conectado que sentimos o problema da Ucrânia como se fosse no nosso bairro. Ficamos indignados com coisas que acontecem em países e lugares que num passado muito recente sequer tínhamos conhecimento de sua existência. O que estou querendo dizer é que temos que tomar muito cuidado para não nos perder nesse mundo de informação sobre fatos e coisas que não dependem de nós e deixar de fazer o que realmente só depende de nós.


Vejo pessoas discutindo a crise da Ucrânia e deixando de atender o telefone que está tocando sem parar com um cliente do outro lado da linha. Vejo pessoas indignadas com a corrupção e exigindo favores pouco éticos de seus fornecedores. Vejo pessoas criticando a sujeira das ruas ao mesmo tempo em que jogam lixo nas ruas, nos rios, etc. O que quero dizer é que é preciso corrigir o mundo, mas é preciso também que cada um pelo menos cumpra o seu dever no dia a dia, nas coisas simples. E o perigo que corremos é o de nos deixar contaminar por tanta notícia ruim e acreditar que nada temos a fazer para melhorar e mudar essa dura realidade.


Pense nisso. Sucesso!


Luiz Marins, consultor


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