Muita tecnologia. Pouca educação e civilidade
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A Fundação Luiz Almeida Marins Filho realizou uma mesa redonda – “Conversas de Aprender” – com alguns de seus conselheiros, sobre o tema “Cidadania” que você encontra no www.fundacaolamf.org.br e no canal do YouTube www.youtube,com/fundacaolamf

Um dos aspectos discutidos foi o de que embora a ciência e a tecnologia tenham avançado de forma exponencial, o ser humano em seu comportamento social parece não ter evoluído e até, em muitos casos, parece ter involuído. Muitas pessoas são capazes de usar os mais modernos recursos da ciência e da tecnologia, mas são seres humanos abomináveis, rudes, rústicos, sem educação e polidez.

Conheço cientistas famosos que são seres humanos que não sabem conviver em sociedade, são arrogantes, soberbos, não agradecem sequer a pessoa que lhes leva um cafezinho na universidade ou laboratório.

Conheço jovens que dominam um computador, smartphone, tablets, etc. com uma destreza invejável, mas que maltratam pessoas e animais, são malcriados com adultos, velhos, professores e até com pessoas simples.

Conheci uma mãe que dizia que seu filho era um gênio porque sabia mexer no computador e no celular como ninguém. Quando conheci o rapaz, fiquei absolutamente decepcionado pois ele não tinha a menor educação e respeito com as pessoas e na verdade tratava-se de um ser humano sem nenhuma civilidade e educação. Além disso sua cultura era lastimável. Não sabia sequer dizer qual a capital do Brasil. O tal “gênio” só sabia entrar nas redes sociais e postar pornografias e fofocas.

Pesquisas alarmantes indicam o aumento do nível de suicídio entre jovens pois, segundo psiquiatras e psicólogos, eles se desenvolveram no uso da tecnologia, mas não foram ensinados a trabalhar com a realidade da vida, com frustrações e fracassos. São totalmente imaturos e não têm sentimento de propósito na vida, pois só querem ter sucesso sem saber como lutar para conquistá-lo.

A ausência de mecanismos sociais e das religiões que ensinam a enfrentar desafios, a lutar, trabalhar, ter fé, esperança e caridade tornaram as pessoas, principalmente as mais jovens, em seres despreparados para a vida concreta e real.

E a tecnologia sozinha não tem como enfrentar e resolver esses problemas que só mesmo o ser humano enquanto dotado de inteligência e liberdade, pelo domínio da vontade não se decidir a resgatar os valores e princípios elevados que propiciam um convívio humano e social digno de ser chamado civilização humana.

Assim, educar para a civilidade, para a consciência de direitos e principalmente de deveres; respeito às opiniões divergentes; respeito a todo e qualquer ser humano, independentemente de etnia, gênero, opções ou posição social parece ser uma tarefa urgente.

Pense nisso. Sucesso!


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