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08 de Junho de 2018 – 14h56 horas / CNT

O estado de Minas Gerais registrou o maior número de mortes em rodovias federais, entre 2007 e 2017, revela o estudo “Acidentes Rodoviários e a Infraestrutura”, divulgado nessa segunda-feira (4) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). Segundo o documento, Minas Gerais teve 14,9% do total do número de óbitos no período (12.367 ocorrências). A Bahia ficou em segundo lugar, com 9,4% das mortes (7.816). O Paraná aparece na terceira posição, com 8,3% do total (6.894).

 

Acre, Amazonas e Amapá, por sua vez, foram as unidades da Federação com menos registros de mortes em acidentes de trânsito. No período acumulado, os três estados, juntos, totalizaram 584 mortes, menos de 1% do número de óbitos no país. O trabalho da CNT relaciona as características da infraestrutura viária apresentadas na Pesquisa CNT de Rodovias 2017 (estado geral, sinalização, pavimento e geometria da via) com os acidentes com vítimas registrados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em rodovias federais, no ano passado.

 

Considerando os acidentes de trânsito com vítimas nas rodovias federais brasileiras, entre 2007 e 2017, Minas Gerais também foi recordista em número de ocorrências, com um percentual de 15,3% dos casos. Na segunda colocação, aparece Santa Catarina, com 11,3%, e, em terceiro lugar, está o estado do Paraná, com 10,7% do total de acidentes no período.

 

Outro dado do estudo é que apenas oito rodovias concentram 50,9% do total de mortes ocorridas de 2007 a 2017. São elas: BRs 101, 116, 153, 381, 040, 316, 364 e 262. Ainda que não esteja no rol dessas oito vias, a BR-376, que liga Dourados (MS) a Garuva (SC), também se destaca negativamente, uma vez que teve um aumento de 346,9% no número de mortes, passando de 32 óbitos, em 2007, para 143, em 2017. A rodovia em questão ainda teve aumento de 328,3% no número de acidentes com vítimas, subindo de 406 episódios, em 2007, para 1.739, em 2017.

 

“Essas rodovias são importantes porque possuem grande extensão e estão situadas em eixos de fluxo elevado de veículos. Entretanto elas estão com a capacidade saturada, o que pode explicar, em parte, o elevado número de mortes e acidentes. O investimento em infraestrutura nessas vias é essencial, sobretudo em duplicação, implantação de acostamento e sinalização. Só assim os índices alarmantes de ocorrências poderão diminuir”, observa o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista.


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