A explicação pode ter dois motivos: menos respeito dos condutores ao transporte coletivo na maior via expressa da capital ou um acréscimo no rigor da fiscalização da Prefeitura especificamente neste local.
De qualquer forma, a quantidade proporcional de multas na via ao lado do Tietê é 8,5% maior do que no restante da cidade. A Marginal, que tem 23 km de comprimento em cada sentido, recebeu faixas só para ônibus – em horários específicos dos dias úteis – em 12,7 km.
Até anteontem, 2.798 multas foram aplicadas para carros, motos e caminhões que desobedeceram à regra. No ano passado, nas demais faixas exclusivas à direita que existiam na cidade, a CET marcou 42.770 multas.
Se essa quantidade for dividida pelo total de faixas para ônibus criadas até então – 122 km – chega-se à média de 350 infrações por quilômetro. Trata-se de um patamar mais elevado do que as 210 por quilômetro registradas na Marginal.
Infração leve. A multa para quem desrespeita a faixa é leve e custa R$ 53,20, além da marcação de três pontos na carteira de habilitação. Esse tipo de dispositivo, mais barato e rápido de ser instalado do que os corredores de ônibus tradicionais, está se tornando a principal bandeira do primeiro ano da gestão Fernando Haddad (PT) na área de transportes. De janeiro até agora, o governo petista já criou 83,5 km de faixas exclusivas de ônibus – a capital paulista tem 205,6 km de vias assim. Até o fim do ano, mais 136,5 km deverão ser instalados.
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