IBGE mapeia infraestrutura do país e aponta “vazio logístico” no Nordeste e Norte
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26 de Novembro de 2014 – 03h56 horas / Folha Press

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou na terça-feira (25/11) o Mapa de Logística dos Transportes, primeiro documento a reunir a localização de todos os modais de transportes e infraestruturas para a distribuição de mercadorias, como terminais alfandegados e armazéns, por exemplo.

No comunicado sobre o trabalho, o instituto afirma que as rodovias têm uma forte predominância sobre os outros modais no país, com 61% do transporte de carga, e estão concentradas na região Centro-sul do país, com destaque para São Paulo. O trabalho aponta um "vazio logístico" em outras regiões.

"É interessante notar alguns "vazios logísticos" onde a rede de transporte é mais escassa, como o interior do Nordeste; a região do Pantanal, excetuando-se a área de influência da hidrovia do Paraguai; e o interior da floresta amazônica, à exceção do entorno das hidrovias Solimões-Amazonas e a do Madeira", diz o comunicado.

O trabalho concluiu que o crescimento econômico e o aumento do mercado interno estão gerando uma demanda crescente por melhorias nos sistemas de transportes para diminuir os custos logísticos e tornar a produção nacional mais competitiva no exterior e mais acessíveis ao mercado interno.

MAPA

O mapa se utiliza de dados já disponíveis em outros órgãos públicos e instituições do setor, como a CNT (Confederação Nacional dos Transportes). Ele aponta as principais infraestruturas e mostra também alguns fluxos de mercadorias, como os da aviação de carga. Um dos destaques do IBGE é para a infraestrutura do Estado de São Paulo, considerada bem distribuída no território.

"Com efeito, esse Estado é o único a apresentar uma infraestrutura de transportes na qual as cidades do interior estão conectadas à capital por uma vasta rede, incluindo rodovias duplicadas, ferrovias e a hidrovia do Tietê", afirma o trabalho.

Um dos destaques do trabalho é o mapeamento de dois elementos pouco estudados da logística no país, que são os armazéns de grãos e as estações aduaneiras internas, os chamados portos secos. Segundo o comunicado, a intenção é "contribuir para a análise e construção de uma nova geografia do país, a partir do entendimento da logística dos transportes de cargas e de pessoas enquanto dimensões estruturantes da rede urbana brasileira e das conexões intrarregionais que articulam o território nacional".

O mapa pode ser consultado pelo site do IBGE (http://mapas.ibge.gov.br/tematicos/infra-estrutura-e-logistica)


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