Demanda do mercado externo aquece o ritmo das fábricas brasileiras
As exportações brasileiras de caminhão mostram o esforço da indústria em minimizar o desempenho negativo do mercado interno que ainda permanece nas estatísticas do segmento. De acordo com dados da Anfavea, a associação que reúne os fabricantes de veículos, de janeiro a julho os embarques somaram 16.588 unidades, alta de 47,4% sobre o mesmo período do ano passado, quando os envios alcançaram 11.256 unidades.
Somente as remessas do sétimo mês, de 2.957 caminhões, representaram crescimento de 57,3% na comparação com julho de 2016, quando embarcaram 1.880 unidades. O volume também foi 6,2% superior ao de junho (2.784).
A evolução das exportações de caminhões contribuiu para manter o chão de fábrica menos ocioso. Nos sete primeiros meses do ano foram produzidas 43.223 unidades, variação positiva de 19% na comparação com o que foi produzido um ano antes (36.326).
A produção isolada de julho contabilizou 7.202 caminhões, altas de 41,5% em relação ao ano passado (5.091) e de 6% sobre junho (6.797).
Apesar do crescimento da produção e da exportação, Antonio Megale, presidente da Anfavea, ainda prefere adotar uma postura conservadora no que diz respeito a veículos pesados. “O segmento ainda inspira preocupação pelo alto nível de ociosidade das fábricas, em torno de 70%. Por outro lado, a aceitação do produto nacional no mercado externo é cada vez maior. ”
Megale acredita em um segundo semestre melhor, como habitualmente costuma ser e, diante das diversas decisões ocorridas no país nas últimas semanas, prefere não fazer novas projeções para o ano.
Quando divulgou os números do primeiro semestre, no início de julho, a Anfavea também apresentou suas expectativas para 2017. Na ocasião apontou alta de 28,2% na produção de veículos pesados, para 101,5 mil unidades, crescimento de 6,4% nas vendas internas, para 65,6 mil caminhões e chassis, e aumento de 14,7% nas exportações, para 35,9 mil unidades.
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