Estivadores no Porto de Santos, o maior da América Latina, entraram em greve de 72 horas nesta quarta-feira (1º), por reajuste salarial, mas até o momento não foram reportados prejuízos às operações dos terminais, disseram representantes de sindicatos.
Em nota, o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), que representa o segmento empresarial dos estivadores, disse que a greve teve início às 7 horas desta quarta-feira, sendo de seis horas no cais público e de 72 horas para os terminais especializados em contêineres.
O Sopesp destacou que as empresas da Câmara de Cais Público proporão no Tribunal Regional do Trabalho o dissídio coletivo de greve, "objetivando a retomada imediata das operações no Porto de Santos".
A greve coincide com a intensificação dos embarques de milho pelo porto, já que a colheita da chamada "safrinha" vem ganhando ritmo nas principais áreas produtoras do país. O Brasil é o segundo maior exportador global de milho, atrás apenas dos Estados Unidos.
Mas o diretor-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima de São Paulo (Sindamar), José Roque, informou que as atividades no porto não foram impactadas.
Em razão da chuva, as operações com carga a granel estão suspensas, enquanto as envolvendo contêineres são realizadas por guindastes, sem interferência dos estivadores, explicou o sindicalista.
Ele disse que o Sindamar ainda não fez cálculos de eventuais prejuízos por causa da greve.
Não foi possível entrar em contato de imediato com o Sindicato dos Estivadores de Santos.
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