Compartilhe
29 de Maio de 2014 – 03h26 horas / CNT

Empresas de transporte receberam com satisfação a notícia de que a desoneração da folha de pagamento será permanente. O anúncio foi feito pelo governo federal na terça-feira (27). Entre os 56 setores da economia beneficiados com a medida, estão empresas de transporte: rodoviário de cargas; metroferroviário de passageiros; ferroviário de cargas; aéreo; marítimo e fluvial; carga, descarga e armazenagem de contêineres; e rodoviário coletivo.


Antes da desoneração, as empresas precisavam pagar uma taxa de 20% sobre o valor total das remunerações ao INSS. Com a medida, o tributo deve ser equivalente a 1% ou 2% do faturamento total da empresa. Segundo o governo, a renúncia fiscal chega a R$ 24 bilhões.


A medida começou a ser implementada para alguns setores em 2011 e teria validade até o fim de 2014. As empresas de transporte foram incluídas no ano passado. 


O presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), José Hélio Fernandes, avalia que a decisão terá um impacto positivo para o setor. Entre eles, cita a manutenção dos empregos, maiores índices de formalização e a simplificação na forma de recolher o tributo. Ele complementa, ainda, que “será uma contribuição significativa, uma vez que o setor requer altos investimentos. Então, o benefício é direto”.


As companhias de transporte metroferroviário de passageiros também comemoram a manutenção da medida. No entanto, a superintendente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Roberta Marchesi, explica que, por enquanto, os efeitos da desoneração ainda são pequenos e servem para amenizar o impacto negativo de outras despesas. “Não conseguimos equalizar as perdas tarifárias nem os reajustes das tarifas de energia”, diz. Mas Roberta Marchesi pondera que, com a prorrogação por prazo indeterminado da redução da carga tributária sobre a folha de pagamento – que representa, em média, 40% das despesas– os empresários passam a ter condições de projetar novos investimentos.


Além disso, as companhias esperam que o governo reveja a contrapartida paga pelas empresas do segmento, hoje fixada em 2%. Conforme Roberta Marchesi, houve casos em que as empresas foram oneradas. Também reforça que, para viabilizar a ampliação dos investimentos e qualificar o serviço, deve haver redução nas tarifas energéticas, principal custo operacional das empresas. As demandas já foram apresentadas ao governo federal.


voltar

SETCESP
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.