Empresários criticam nova sinalização de transporte rodoviário de cargas
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21 de Janeiro de 2011 – 10h00 horas / CNT
Questionar a necessidade de nova identificação de veículos de carga, que afeta 3,5 milhões de veículos e tem impacto financeiro de R$ 140 milhões. Esse foi o objetivo da reunião realizada nessa quarta-feira (19) entre o ministro das Cidades, Mario Negromonte, e o presidente da Associação Nacional de Transportes de Cargas e Logística (NTC&Logística), Flávio Benatti.
As novas normas estão na resolução nº 370 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada em dezembro do ano passado. O documento estabelece que a partir de 2012 todos os veículos com Peso Bruto Total (PBT) superior a 4.536 kg tenham na parte traseira dois adesivos de 80cm x 40cm, em cor amarela, com os dados da placa do veículo.
De acordo com o ofício expedido pela NTC&Logística, ao contrário do que a resolução alega, os adesivos não vão ajudar na segurança do setor, uma vez que, pela lei, as placas de metal utilizadas atualmente já não podem ficar encobertas. Além disso, as novas sinalizações entram em conflito com as que identificam cargas perigosas, uma vez que devem ser instaladas nos mesmos locais.
Outro ponto defendido pela NTC&Logística é de que a obrigação de garantir a visibilidade das placas é do Denatran, no momento em que licencia o veículo. “Não é justo criar a exigência de uma terceira placa se os Denatrans licenciam os veículos com placas de locais de difícil visibilidade”, alegou.
Segundo Benatti, após ouvir as explicações dos empresários do setor, o ministro se comprometeu a levar os questionamentos ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). “Temos a expectativa, pela racionalidade, de que isso seja melhor analisado. Entendemos que não deve entrar em vigor, neste momento a resolução é inócua e só traz ônus ao setor”, argumentou.

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