Autorização também vale para o ABC e para o sudoeste da Grande São Paulo; restrições são ampliadas no interior do Estado
O governo do Estado de São Paulo autorizou a capital paulista a liberar o funcionamento de bares, restaurantes, barbearias e salões de beleza, ainda com restrições, além de ampliar o horário de funcionamento do comércio de rua, de shoppings centers e de escritórios. A liberação também vale para a região do ABC e o sudoeste da Grande São Paulo, que inclui cidades como Itapecerica da Serra e Embu das Artes.
Entretanto, essa liberação só irá ocorrer a partir do dia 6, adiando a data de reabertura esperada pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). Na quarta, Covas havia afirmado que esperava pela reabertura dos novos setores a partir desta segunda-feira, dia 29, condicionando o processo à assinatura de protocolos entre as entidades que representam essas atividades e a Prefeitura.
“A recomendação é que, apesar de o município estar agora na fase amarela, a gente vai esperar uma semana. Portanto, será a classificação que teremos na sexta-feira que vem para que o município possa abrir aquilo que a fase amarela permite. O Centro de Contingência pediu que a Prefeitura aguarde mais uma semana para confirmar os números. O município vai acatar essa solicitação do Centro de Contingência”, declarou o prefeito, nesta sexta.
Por outro lado, a gestão João Doria (PSDB) ampliou em mais cinco o número de regiões do interior do Estado com restrições mais severas ao funcionamento do comércio, totalizando nove áreas onde apenas serviços essenciais estão autorizados: Araraquara, Franca, Araçatuba, Presidente Prudente, Marília, Bauru, Sorocaba, Registro e Piracicaba. A região de Barretos, que estava com as restrições máximas, foi autorizada da liberar o comércio de rua, shoppings e escritórios, mas ainda não restaurantes ou salões de beleza.
Na prática, na semana que vem, apenas Barretos poderá relaxar as regras da quarentena, segundo a reavaliação do Plano São Paulo divulgada nesta sexta. Parte do Estado terá de ampliar as restrições enquanto capital e as duas áreas da regiao metropolitana que migraram para a fase amarela terão de aguardar mais uma semana para que suas atividades tenham menos restrições.
Nesta sexta-feira, o Estado chegou a um total de 258.508 novos casos confirmados de covid-19. Foram mais 9.921 casos nas últimas 24 horas, segundo o secretário estadual da saúde, José Henrique Germann. O total de mortes passou de 13.759, registrados até esta quinta, para 13.966 nesta sexta-feira, um aumento de 207 mortes em 24 horas.
A nova avaliação do Plano São Paulo, o programa de reabertura econômica do Estado em meio à epidemia de coronavírus, foi divulgada em entrevista coletiva pelo governador, na presença do prefeito Covas, nesta sexta-feira, 26, no Palácio dos Bandeirantes. As novas classificações das regiões vão valer a partir da segunda-feira, 29.
A capital e as duas regiões da Grande São Paulo são as únicas autorizadas a ficar na fase “amarela” do programa, quando há autorização para restaurantes e salões fazerem atendimento presencial. Na nova reclassificação, nove das 21 sub regiões do Estado ficaram na fase “vermelha”, quando só os serviços essenciais estão liberados.
“Nós temos na capital essa melhoria, a capital, a região sudoeste e a região sudeste passam para a fase amarela. Por outro lado, nós temos algumas regiões passando para fase de alerta máximo, a fase vermelha, destacando Franca, Ribeirão Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Marília, Bauru, Sorocaba, Registro e também Piracicaba. As demais regiões ficam em laranja”, disse a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, uma das coordenadoras do Plano São Paulo.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que “nenhuma região regrediu devido à capacidade hospitalar”. “O que impactou o interior, vindo para a fase vermelha, foi a evolução de casos. Com essa atualização, 64,18% do Estado, quase 30 milhões, ficam na fase 2 e na fase 3 (laranja e amarela)”.
Horários do comércio serão ampliados na capital
Com a mudança de classificação da capital dentro do Plano São Paulo, lojas de rua e de shoppings poderão funcionar seis horas por dia (até aqui, eram quatro horas) e receber até 40% dos clientes, contra os atuais 20%.
No caso dos bares e restaurantes, eles terão autorização para receber público durante seis horas por dia. As entidades do setor negociam para que o horário seja fracionado, com três horas no almoço e três horas no jantar.
Barbearias, manicures e salões de beleza também poderão funcionar por um período de seis horas, e terão de usar apenas 40% da capacidade. Os detalhes de como isso será feito na prática ainda não foram divulgados.
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