O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) adiou ontem, para a segunda quinzena deste mês, a entrada em operação de sete radares fixos na rodovia Euclides da Cunha (SP-320), no trecho entre Mirassol e Rubinéia. A previsão era de que a partir de hoje os equipamentos, instalados dia 8 de maio, já estariam ligados, mas o prazo não se confirmou. Os radares fixos farão a fiscalização de velocidade em sete pontos distribuídos pelos 186 quilômetros de extensão da Euclides da Cunha. Eles ficam em Tanabi (altura dos quilômetros 477, 478, 479), Votuporanga (516), Fernandópolis (km 551), Jales (km 583) e Santa Fé do Sul (km 623).
A velocidade máxima permitida nestes trechos da rodovia – que foi duplicada no início deste ano – é 110 km/h para veículos leves e 90 km/h para veículos pesados. Questionado, o departamento não informou o custo para a colocação dos aparelhos. O vendedor Antônio Carlos Favéro Costa, 42 anos, viaja todos os dias a trabalho de Votuporanga para Jales. “Já passou da hora destes radares começarem a funcionar. Os motoristas abusam e chegam a 180 quilômetros por hora. Muitos inocentes já morreram nestes trechos”, afirma.
O caminhoneiro Carlos Luiz Sampaio, 47 anos, concorda com a fiscalização eletrônica. “Como está duplicado agora, os motoristas não respeitam nada e ‘voam’ na pista. Só pesando no bolso para as pessoas respeitaram o limite de velocidade”, afirma. Um estudo, feito nos pontos com maior número de ocorrência de excesso de velocidade, definiu os locais onde os dispositivos foram instalados. Os dados, porém, não foram divulgados pelo DER. A assessoria de imprensa do departamento informou ontem que funcionários do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estão na região para fazer a homologação dos aparelhos, necessária para validar as multas que forem aplicadas.
Multas
Transitar com velocidade até 20% acima do permitido nas rodovias estaduais paulistas é considerada infração média e pode resultar em multa de R$ 86,13, além de render quatro pontos na carteira de habilitação. Quando o motorista é flagrado em velocidade 50%, ou mais, acima do máximo permitido, ele perde sete pontos na carteira, além de levar uma multa de R$ 574, se tratando de infração gravíssima.
Duplicação
A duplicação da rodovia Euclides da Cunha custou R$ 850 milhões aos cofres do Estado e foi realizada entre os quilômetros 453 e 639, passando por Bálsamo, Mirassol, Tanabi, Cosmorama, Votuporanga, Fernandópolis, Meridiano, Valentim Gentil, Estrela d’Oeste, Jales, Urânia, Aspásia, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, Rubinéia, Santa Fé do Sul e Três Fronteiras.
Radares para todos os lados na região
Com a instalação de radares na Euclides da Cunha, três rodovias da região de Rio Preto – incluindo Washington Luís (SP-310) e BR-153 –, passam a ser monitoradas por radares. No total, são 24 equipamentos, que fiscalizam 335 quilômetros. Os 17 equipamentos de monitoramento de velocidade da BR-153 começaram a operar no início de maio, após quase dois anos instalados e ociosos. Os radares não começaram a funcionar antes por falta de um convênio entre o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Polícia Rodoviária Federal e a concessionária que administra a rodovia.
Os equipamentos, que consumiram R$ 1,5 milhão, vão fiscalizar a velocidade dos motoristas no trecho de 59 quilômetros entre Nova Granada e Jaci, mas 11 deles estão no perímetro urbano de Rio Preto. A velocidade máxima permitida pelos aparelhos varia de 60 a 80 quilômetros por hora. Já na rodovia Washington Luís, os radares operam com limite de velocidade que varia de 90 a 110 quilômetros por hora.
voltar