Deficit das contas do governo em 2015 chegou a R$ 512,2 bilhões, diz IBGE
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05 de Maio de 2017 – 05h55 horas / Folha de S. Paulo

Os governos federal, estaduais e municipais do país encerram 2015 com um deficit somado em suas contas públicas de R$ 512,2 bilhões, informou na última sexta-feira (5) o IBGE.

 

A conta, que representou 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto) naquele ano, inclui a diferença entre receitas e despesas do governo, excluídos os gastos com estatais e aquisição de ativos não financeiros.

 

O déficit somado registrou alta de 84% em relação ao apurado em 2014, quando totalizou R$ 276,9 bilhões, ou 4,9% do PIB.

 

Os dados foram apurados pela publicação Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária do Governo.

 

A piora nas contas públicas elevou a necessidade de financiamento dos governos federal, estaduais e municipais, que atingiu R$ 519,9 bilhões em 2015, segundo o IBGE.

 

O montante foi equivalente a 8,7% do PIB naquele ano. Na passagem de 2014 para 2015, o governo aumentou em 59% sua necessidade de financiamento.

 

O ano de 2015 foi quando os primeiros sinais de crise e desaceleração da atividade econômica começaram a surgir.

 

Os governos encerram o ano já tendo piora em sua arrecadação. Os juros altos também contribuíram para gasto maior, por exemplo, do governo federal.

 

O resultado teve impacto nos investimentos feito pelos governos.

 

Em 2015, a formação bruta de capital fixo, indicador de investimento, foi de R$ 101,9 bilhões, queda de 26,2% em relação aos R$ 138,1 bilhões de 2014.

 

As três esferas de governo apresentaram queda nominal (sem descontar a inflação) na formação bruta de capital fixo. Os governos do Estado tiveram o maior decréscimo, de 38%.

 

A pesquisa é uma parceria entre o IBGE, a Secretária do Tesouro Nacional e o Banco Central.

 

Os dados trazem, segundo o IBGE, "uma visão inicial das contas dos governos nos processos econômicos de produção, geração e distribuição de renda, consumo de bens e serviços e acumulação de capital".

 

Os dados passarão a fazer parte das Contas Nacionais Anuais, que é a divulgação do PIB.


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