Custo logístico do País equivale a 11,5% do PIB
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25 de Julho de 2014 – 12h13 horas / Jornal do Comércio

Estradas precárias, portos ineficientes, entre outros problemas geram uma conta cara para a economia brasileira. Segundo o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o custo logístico brasileiro equivale a aproximadamente a 11,5% do PIB nacional, ou seja, algo em torno de US$ 500 bilhões. Hoje, esse gasto representa o dobro do registrado nos Estados Unidos, o triplo da Europa e o quádruplo da China. O integrante da AEB diz que seria admissível suportar, no máximo, um custo logístico de até 5% do PIB.

Castro lamenta que são recursos que não implicam benefícios para a sociedade e acrescenta que o Brasil investe muito pouco em infraestrutura para diminuir os impactos desse cenário. O presidente da AEB enfatiza que esse é um dos principais entraves para a exportação, principalmente quanto a produtos manufaturados. “As commodities, que estão com cotações elevadas, ainda conseguem esconder”, frisa.
O gerente executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Ferreira Cardoso, acrescenta que os portos precisam melhorar as suas operações. Além disso, é necessário utilizar mais os modais ferroviário e hidroviário no País. Cardoso recorda que o transporte rodoviário absorve quase 70% do volume de cargas movimentado no Brasil. O representante da CNI também cita como um dos problemas a burocracia dentro do setor logístico.

Cardoso e Castro participaram, na semana passada, da 16ª Feira e Congresso de Transporte e Logística – Transposul, realizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs), na Fiergs, em Porto Alegre. Outro dirigente que compareceu ao evento foi o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, João Vitor Domingues. Quanto aos investimentos nessa área no Estado, o secretário informou que os aportes dos governos estadual e federal em rodovias, nesses últimos quatro anos, somam uma carteira de aproximadamente R$ 12 bilhões. Entre as principais obras citadas pelo secretário estão os acessos municipais e as obras da ERS-118 (na Região Metropolitana de Porto Alegre). Entre as futuras metas, Domingues aponta a duplicação das estradas entre São Vendelino e Nova Milano, Farroupilha e Bento Gonçalves e entre esse município e Passo Fundo.


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