Contratações em alta no setor de transportes
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A melhor recente nos números da pandemia no Brasil, o avanço da vacinação e a consequente tendência de queda no isolamento da população têm trazido mais confiança para o reaquecimento da atividade no setor terciário e, assim, aumentado a demanda por profissionais no setor de transportes, em um contexto de taxa de desocupação elevada.

Levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que, entre mais de 2.500 profissões, aquelas relacionadas a transportes e que foram severamente atingidas pela primeira onda da pandemia estão entre as ocupações com maiores avanços relativos no estoque de pessoas empregadas.

São engenheiros aeronáuticos (aumento de 20,8% em relação ao estoque de postos de trabalho de maio de 2020), cobradores de coletivos (18,4%), comissários de voo (13,5%), operadores de atendimento aeroviário (11,7%), motoristas de ônibus urbano (10,5%), bilheteiros de estações de metrô, trens e afins (10,1%) e operadores de centro de controle metroviários e ferroviários (10%). A comparação refere-se ao período de 12 meses encerrados em maio de 2021 com o terminado em maio de 2020.

“A presença de profissionais ligados ao setor aéreo no ranking das profissões com maiores altas nas contratações surpreende e sugere uma expectativa mais favorável para o setor nos próximos meses”, diz Fabio Bentes, da Divisão Econômica da CNC, observando que o transporte aéreo foi um dos setores que reagiram mais rápida e negativamente à primeira onda da pandemia no segundo trimestre do ano passado e nos três primeiros meses deste ano.

“Entre o final de fevereiro e o início de maio do ano passado, a retração na demanda por serviços de transporte aéreo levou a uma redução de 92% no fluxo de aeronaves nos 34 maiores aeroportos do Brasil. Consequentemente, o Caged registrou um saldo negativo de 9.242 mil postos de trabalho no setor aéreo entre abril e novembro de 2020 – perda equivalente a 14,9% da força de trabalho do setor”, observa Bentes.

Com o início da flexibilização no fim do primeiro semestre de 2020, a demanda voltou a reagir favoravelmente, até que o recrudescimento da pandemia na virada de 2020 para 2021 provocou nova retração no fluxo do transporte aeroviário.

O transporte rodoviário também está numa clara tendência de aumento na demanda, aponta Bentes. A quantidade de pessoas em circulação em terminais de transportes terrestres aumentou 35,1% entre março e junho deste ano. “Ainda assim, o fluxo diário de passageiros está 14,3% abaixo daquele registrado em fevereiro do ano passado.”


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