O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 2,4 pontos na passagem de abril para maio, descendo para 88,8 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (28). Foi a terceira queda consecutiva, o que devolveu o índice ao patamar de novembro do ano passado.
"Os indicadores de maio sinalizam, sobretudo, um movimento de ajuste nas expectativas empresariais. A frustração com a moderação no ritmo de atividade corrente e a influência do cenário de incerteza que marca o processo eleitoral vêm resultando numa contínua calibragem nas expectativas do setor", diz, em nota divulgada pela manhã, o consultor do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) Silvio Sales.
Em maio, a queda da confiança atingiu nove das 13 atividades pesquisadas pela Sondagem de Serviços. O movimento foi puxado pelo Índice de Expectativas (IE-S), que recuou 3,9 pontos, para 91,4 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA-S) encolheu 0,6 ponto, para 86,6 pontos.
De acordo com a FGV, a maior contribuição para a queda do IE-S veio do indicador de tendência dos negócios, que caiu 4,3 pontos, para 91,3 pontos. No caso do ISA-S, o destaque negativo foi o indicador de situação atual dos negócios, que recuou 1,0 ponto no mês, para 87,4 pontos.
"Novamente, é a leitura das empresas sobre os negócios nos próximos seis meses o aspecto que mais pressiona a queda na curva de confiança. Esses resultados reforçam a perspectiva de continuidade da trajetória de tímida recuperação do setor", diz Sales, em outro trecho da nota.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de Serviços caiu 0,5 ponto porcentual em maio, para 82,1%, o menor nível desde setembro passado, conforme a FGV.
A coleta de dados para a edição de fevereiro da Sondagem de Serviços foi realizada entre os dias 2 e 23 deste mês. Foram entrevistadas 2.003 empresas.
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