Os núcleos de São Paulo e de Lages, cidade da serra catarinense, se reuniram para uma conversa com Adriano Depentor, presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP. Durante o bate-papo, ele relatou sua trajetória no transporte rodoviário de cargas.
Adriano falou que a afinidade com o setor acabou surgindo em sua vida de forma quase que natural, na medida que as oportunidades foram aparecendo.
“Eu fiz faculdade de Administração de Empresas e consegui um estágio em uma superintendência, a SUDECAPE (Superintendência de Desenvolvimento da Capital), onde minha primeira atuação foi justamente na área de estruturação de frota e mecânica”, disse.
Anos mais tarde, Adriano ingressou na Jamef e foi responsável por viabilizar a expansão da empresa para outros estados do País. Primeiro em Curitiba, depois no interior de São Paulo e, posteriormente, assumiu a responsabilidade pelas filiais do Rio de Janeiro. Em 1993, lançou as operações do transporte aéreo da empresa.
“Nos anos 2000, em que se encontraram a 2ª e 3ª geração familiar no comando do negócio, veio a decisão de profissionalizá-la. Procuramos a Fundação Dom Cabral que fez um excelente trabalho, e mudamos a gestão familiar para uma gestão profissional”, explicou.
Ele contou que neste modelo, os sócios não fazem mais parte do dia a dia da operação da transportadora. Em parte deste período de reestruturação, Adriano esteve como diretor presidente da Jamef – de 2007 a 2017.
E mesmo com uma gestão profissional os valores da empresa cultivados pelo fundador, o senhor José Alves Martins se mantiveram. “Nossa premissa é que o primeiro aporte da empresa é sempre para o pagamento dos colaboradores, o segundo é dos fornecedores, o terceiro é o pagamento dos impostos, e por último fica o lucro da casa”.
Caso pudesse escrever sua história no setor novamente, Adriano afirmou que faria tudo da mesma forma. “Claro que onde errei, e não foi pouco, tentaria acertar, mas o caminho seria o mesmo. É um passo de cada vez, e nenhum maior que a perna”.
Sobre a COMJOVEM, ele ainda ressaltou sua importância para manter o TRC sempre inovando. “Vocês da comissão são a forma que temos de manter o setor renovado e perene. Os movimentos emplacados de ESG e de equidade de gênero, que surgiram recentemente, são uma forma de alavancar o setor, e só estão ocorrendo por que há algum tempo se abriu essa porta para renovação, pela COMJOVEM”.
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