Cidades perdem oportunidades por falta de infraestrutura de rodovias
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01 de Abril de 2014 – 01h56 horas / PORTAL DO AGRONEGÓCIO

“Não tem produção por que não tem infraestrutura, e não tem infraestrutura porque não tem produção.” Esta é a conclusão do diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, após retornar do Estradeiro da BR-174, que percorreu cerca de dois mil quilômetros por duas rodovias federais e sete rodovias estaduais.
 

O percurso teve inicio em Tangará da Serra, na segunda, (24), e encerramento, na quinta, (27), no Sindicato Rural do mesmo município. A comitiva composta por produtores rurais, colaboradores, delegados, o vice-presidente da região Oeste da Aprosoja, Vanderlei Reck Júnior, além de lideranças políticas da região passou por 13 cidades nos estados de Rondônia e Mato Grosso.
 

Os municípios visitados foram Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis , Conquista D’Oeste, Campos de Júlio, Comodoro, Vilhena -RO, Juína, Juruena, Cotriguaçu, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes Juara e Brasnorte.
 

De todas as rodovias estaduais, apenas trechos da MT-208, MT-170 e MT-417, estão incluídos no programa de pavimentação do MT Integrado, do governo de Mato Grosso.
 

Por todos os lugares que a Equipe do Estradeiro passou os problemas se repetem. Lugares em grande potencial de crescimento veem suas possibilidades de desenvolvimento impedidas pela dificuldade logística.
 

Cecílio Rosa Neto, prefeito de Juruena, lamenta o isolamento de sua cidade, e o elevado preço de bens de consumo. “Nós apanhamos duas vezes: na hora de comprar caro, por causa do frete, e vender barato nossa produção madeireira, bovina e leiteira bois, também por conta do frete. É desmotivador”, desabafou.
 

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou no ano passado o estudo de aptidão para novas áreas agrícolas em Mato Grosso. No levantamento realizado, a região que compreende os municípios de Juara, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes está entre as mais propícias para esta prática. O analista de geoprocessamento e logística do Imea, Tiago Assis, que participou do Estradeiro destacou que a falta de estradas inviabiliza a expansão da agricultura. “A região só é ocupada por pecuária por não ter uma boa estrutura logística. A pastagem daquela região tem grande potencial para conversão para lavoura“, afirmou.


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