Chineses dobram presença em feira de caminhões de São Paulo
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Na Fenatran, espécie de “salão do automóvel” dos caminhões, estandes com novas tecnologias, modelos e brindes disputam a atenção dos visitantes entre as gigantes do setor. Mas, no fim do pavilhão, há uma nova legião de empresas que não possuem chamarizes tradicionais: as chinesas. Com exposições simples e muita coisa escrita em chinês, elas querem entrar com força no mercado brasileiro de logística.

Nesta edição do evento – oficialmente chamado de Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga — são 60 empresas, o dobro da última edição do salão, em 2017. Os representantes dessas companhias não falam português, apenas inglês, e colocaram tradutores perto dos estandes. Mesmo com essas dificuldades, querem mostrar que o Brasil é um mercado estratégico.

— Nós vemos muitas oportunidades no Brasil, e viemos não apenas com nossos produtos, mas uma rede de distribuidores e treinamento para assistência técnica. Temos um projeto de longo prazo no Brasil. Na China, crescemos, em média, 30% ao ano na última década — conta Tim Zou, vice-presidente e gerente-geral para o exterior da Kaixue-SuperSnow.  — Já entramos em outros mercados, como Indonésia, Tailândia, Malásia e Filipinas. Podemos crescer rápido no Brasil.

Ele disse não temer o mercado nacional, já dominado por grandes empresas, inclusive multinacionais. Ele conta que sua companhia tem apoio do governo chinês por estar em uma lista de empresas estratégicas para o gigante asiático.

Os outros estandes chineses eram marcados, principalmente, por empresas de peças, equipamentos e serviços para caminhões, mas entre eles havia até mesmo montadoras, como a Joylong, especializada em vans. A imensa maioria dos expositores veio exclusivamente para este evento e voltará para a China ao fim da Fenatran. Para eles, é a chance de tentar provar que, além do preço, os produtos que oferecem contam com tecnologia.

Luiz Paulo Bellini Junior, diretor de eventos da Reed Exhibitions — empresa que organiza a Fenatran em um pavilhão de exposições da Zona Sul de São Paulo —, o crescimento no número dos asiáticos impressiona e mostra como eles, em especial os chineses, estão confiantes com o Brasil.

— Tivemos 30 expositores chineses em 2017 e agora temos 60 — explicou ele.  — Mas a nossa área de expositores internacionais cresceu 30% entre as duas edições da Fenatran, crescimento em linha com a feira.


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