O cartão, que também será disponibilizado a transportadores e embarcadores, funcionará como um pré-pago na compra de diesel.
A BR Distribuidora iniciará na segunda-feira (20) testes com o “Cartão do Caminhoneiro Petrobras”, que visa dar garantia de estabilidade de preços do diesel a motoristas, especialmente os autônomos.
O cartão, que também será disponibilizado a transportadores e embarcadores, funcionará como um pré-pago na compra de diesel, em postos com a bandeira Petrobras nos principais corredores rodoviários do país.
Com o cartão, o objetivo é que os caminhoneiros não fiquem mais sujeitos a eventuais volatilidade dos preços, uma queixa recorrente da categoria.
Mas a BR, distribuidora de combustíveis controlada pela Petrobras, defendeu nesta quinta-feira (16) que o produto vai gerar valor para a companhia.
Os estudos para implantação do cartão foram anunciados em março, em meio a ameaças de caminhoneiros de uma nova greve. Eles afirmam que muitas vezes perdem dinheiro se o diesel sobe após o contrato ser fechado.
Membros do governo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, citaram a solução como uma das medidas para aliviar problemas do setor.
Pelo sistema, o caminhoneiro poderá transferir valores para seu cartão e convertê-los em litros de óleo diesel por até 30 dias, ficando protegido contra eventual altas de preço.
Se o caminhoneiro encontrar preço do diesel mais baixo no período de 30 dias, o crédito em diesel também pode ser revertido a qualquer tempo para reais, descontando-se, contudo, uma taxa cujo valor será previamente informado para os usuários.
Alguns se questionam se os caminhoneiros autônomos vão ter recursos para abastecer seus cartões para suas viagens.
“Entendemos que existe uma oportunidade de mercado e conseguimos desenvolver uma solução segura e viável economicamente. É um produto que gera valor para a BR, nossos revendedores e caminhoneiros”, afirmou em nota o diretor executivo de Rede de Postos e Varejo da BR, Marcelo Bragança.
Para reduzir receios de investidores quanto a um uso da empresa para resolver um problema do setor de transportes, o presidente da BR, Rafael Grisolia, afirmou na semana passada que a empresa buscava realizar um “produto de mercado”.
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