Bolsonaro quer usar dividendos da Petrobras para reduzir preço do diesel
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (1º) que o governo federal não tem interesse nos dividendos recebidos pelos lucros da Petrobras e que conversa com a equipe econômica para que esses recursos sejam revertidos para abater o preço do diesel.

Novo reajuste

Durante visita à Itália, Bolsonaro disse ainda, em entrevista a jornalistas, que recebeu informações extraoficiais de que em 20 dias a estatal promoverá um novo reajuste nos preços dos combustíveis, e alertou que isso não pode acontecer.

Na semana passada, o presidente havia defendido um “viés social” para a Petrobras e afirmou que a empresa deveria lucrar menos.

Durante transmissão nas redes sociais, o mandatário voltou a declarar que uma possível privatização da petroleira entrou no radar do governo. Ele também defendeu uma mudança na política de preços, que atrela o valor dos combustíveis aos preços internacionais.

“Porque se é uma empresa que exerce um monopólio, ela tem que ter seu viés social, no bom sentido. Ninguém quer dinheiro da Petrobras para nada; queremos que a Petrobras não seja deficitária obviamente, invista também em gás — com mais atenção em gás — e não apenas em outras áreas. Então a gente quer uma Petrobras voltada para isso, mas carecemos de mudança de legislação que passa pelo Parlamento”, disse o presidente.

Criticada por Bolsonaro, a companhia defendeu, na última sexta (29), que seu lucro retorna à sociedade, sob a forma de impostos, investimentos e dividendos para a União, seu maior acionista, que tem direito a R$ 23,3 bilhões do total anunciado.

Na quinta (28), a Petrobras havia anunciado o pagamento de mais R$ 31,8 bilhões em dividendos, dobrando o montante previsto para este ano, como remuneração pelo lucro acumulado de R$ 75,1 bilhões nos nove primeiros meses de 2021.

A companhia também informou, por meio de sua direção, que uma nova parcela de dividendos deve ser distribuída no quarto trimestre.


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