Corrente de comércio do país no mês foi de US$ 31,765 bilhões; saldo positivo acumulado do ano chega a US$ 41,079 bilhões
A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 3,428 bilhões, valor 15,9% inferior, pela média diária, ao alcançado em igual período de 2018, de US$ 4,077 bilhões. A corrente de comércio alcançou US$ 31,765 bilhões, redução de 16% na mesma comparação. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (02/12) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Confira os dados completos da balança comercial: http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/balanca-comercial-brasileira-semanal
No mês, as exportações alcançaram US$ 17,596 bilhões, uma retração de 16% em relação a novembro de 2018, mas um crescimento de 3,4% na comparação com outubro de 2019. As importações totalizaram US$ 14,169 bilhões, 16% abaixo de igual período do ano anterior, e 4,3% a menos do que no mês de outubro deste ano.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior da Secex, Herlon Brandão, a queda da exportação em novembro se deve ao impacto de uma base de comparação mais alta do mesmo período do ano passado, quando houve a exportação de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 1,6 bilhão. Também reflete a redução de US$ 961 milhões em vendas de petróleo bruto, com queda nos preços internacionais e diminuição do volume exportado no mês.
Outro fator decisivo foi a redução do volume de minério de ferro aglomerado, com queda da oferta devido a paralisações de minas no Brasil, compensada em parte pelo aumento do preço no mercado internacional. Também foram sentidos os impactos das quedas das exportações de café torrado e de celulose. “Esses cinco produtos, em conjunto, representam uma queda de US$ 3,1 bilhões nas exportações, e representam mais de 70% de todos os produtos com redução”, explica Brandão. “Se formos contar só a redução total da exportação, eles explicam mais de 90% da queda.”
Acumulado de 2019
No acumulado de 2019, as exportações somaram US$ 205,863 bilhões, uma queda de 7,2% sobre o mesmo período de 2018, quando ficaram em US$ 219,919 bilhões. As importações somaram US$ 164,783 bilhões, diminuição de 2,9% sobre o mesmo período do ano anterior, de US$ 168,314 bilhões.
O saldo comercial acumulou superávit de US$ 41,079 bilhões, valor 21,1% inferior ao de igual período de 2018, com US$ 51,605 bilhões. Já a corrente de comércio alcançou US$ 370,646 bilhões, uma redução de 5,4% sobre o mesmo período anterior, que foi de US$ 388,233 bilhões.
O subsecretário aponta, entre os motivos para a redução das exportações no ano, a desaceleração da economia mundial, com impactos no comércio internacional, além da crise econômica da Argentina, terceiro maior parceiro comercial do Brasil, e uma menor demanda de soja pela China.
Herlon Brandão lembra que as 70 economias que representam 70% do comércio mundial reduziram suas exportações em 2,6%, neste ano. “Então, é muito provável que o comércio mundial caia em 2019”, pondera.
Ele acrescenta que a Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê aumento de volume de apenas 1,2%, mas os preços internacionais estão em queda e, assim, os dados até setembro mostram redução dos valores transacionados no mundo. “Aumento do protecionismo e outros fatores explicam essa redução do comércio internacional”, destaca.
Acumulado de 12 meses
No acumulado de 12 meses, as exportações somaram US$ 225,208 bilhões. Na comparação com o período de dezembro de 2017 a novembro de 2018, quando as exportações atingiram US$ 237,514 bilhões, houve diminuição de 5,9%, pela média diária.
As importações totalizaram US$ 177,700 bilhões, queda de 2,6% sobre o mesmo período anterior, de US$ 180,911 bilhões, pela média diária. Com isso, o saldo comercial, em 12 meses, acumula superávit de US$ 47,508 bilhões, valor 16,7% inferior ao de equivalente período anterior (US$ 56,603 bilhões). A corrente de comércio diminuiu 4,5%, de US$ 418,426 bilhões para US$ 402,908 bilhões.
voltar