O novo desvio será feito pela pista sentido São Paulo, que terá um trecho de mão dupla por cerca de 3 km a partir do km 79. Ontem, a reportagem passou pelo trecho e constatou que, apesar de inacabada, já existem faixas de sinalização para a utilização da pista em mão dupla, além de guard-rail no trecho de retorno para a pista sentido Minas.
A concessionária Autopista Fernão Dias informou, por meio de sua assessoria, que ainda não existe uma data para a liberação do novo desvio, mas afirma que acontecerá “em breve”. Já o Departamento de Trânsito de Mairiporã (Grande SP) disse que a prefeitura foi informada pela concessionária que o trecho entrará em funcionamento ainda nesta semana.
De acordo com o coordenador do departamento, Renélis Aparecido Pedroso, a interdição da rodovia causou grande impacto no movimento de carros e veículos pesados na cidade. “Acredito que o movimento de caminhões e ônibus na cidade aumentou em torno de 35% após o bloqueio”, afirmou.
Até agora, o motorista que precisava passar pelo local interditado utilizava a rodovia dos Bandeirantes até o Rodoanel e depois seguir pela estrada Santa Inês até a cidade de Mairiporã, que dá acesso a Fernão Dias. “Nós já tínhamos conseguido resultados com a implantação do rodízio de caminhões de acordo com a placa, mas depois da interdição a situação ficou muito ruim”, completou o coordenador de trânsito de Mairiporã.
Outra alternativa é usar a avenida Coronel Sezefredo Fagundes –que sofre com buracos e problemas de sinalização– e retornar a Fernão Dias no km 65, na altura de Mairiporã. Há ainda a opção de seguir a rodovia Dom Pedro até Atibaia (64 km de SP) e depois a Fernão Dias.
A estudante Yasmin Temoteo, 19, mora em Mairiporã e utiliza a Fernão Dias todos os dias para ir ao curso que faz em São Paulo, e afirma que a viagem entre as duas cidades demora mais do que o dobro do tempo que demorava antes. “Antes eu demorava uma hora e 15 minutos na estrada, agora levo quase três horas para chegar em casa”, afirma.
Apesar da criação de um novo desvio, as obras de manutenção continuam no trecho interditado. A previsão inicial era que as obras continuassem até o mês de agosto, mas a assessoria da concessionária afirmou nesta segunda que não há um prazo para o término das obras.
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