A inclusão do conceito ESG, sigla em inglês para ambiental, social e governança, aos projetos de infraestrutura de transportes aumenta o leque de opções para investimentos no Brasil. Esta avaliação foi levada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a investidores, analistas e profissionais do mercado financeiro durante o evento Expert XP 2021, que começou na terça-feira (24).
Em pouco mais de dois anos e meio, o Governo Federal, através do Ministério da Infraestrutura, concedeu 74 ativos à iniciativa privada e assinou 99 contratos de adesão para terminais privados. A meta é chegar até o fim de 2022 com aproximadamente R$ 250 bilhões em investimentos contratados durante a duração dos contratos. Vêm pela frente a sétima rodada de aeroportos, com Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), a desestatização do Porto de Santos e a concessão da rodovia Presidente Dutra.
“É possível conciliar infraestrutura e sustentabilidade. A gente está trazendo o que tem de melhor para nossas estruturações, incorporando conceito ESG para os nossos projetos, para dar primeiro tranquilidade para os investidores, mitigar o risco de imagem, e para permitir o acesso a outros bolsos, porque a gente parte do pressuposto que os padrões ambientais vão governar os fluxos financeiros”, afirmou Tarcísio.
INVESTIMENTO – Além da conciliação entre o ambiental e a infraestrutura, outra ação importante do MInfra é a modalidade investimento cruzado. Ela prevê que a empresa concessionária do serviço execute e entregue o produto, responsabilizando-se pelos riscos de engenharia e financeiros ligados ao empreendimento.
“São várias empresas que já estão interessadas em tomar o risco de engenharia, de fazer seus segmentos ferroviários de acordo com seus planos de negócios que solicitam autorizações e iniciando seus empreendimentos”, disse o ministro. Um dos exemplos é o projeto da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que terá mais de R$ 2,7 bilhões em investimentos privados.
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