De olho na ampliação do movimento de cargas em São Paulo, em função do pré-sal, a cidade de São Bernardo começa a corrida para abertura de um aeroporto privado. A perspectiva é que o terminal demande investimentos de R$ 6 bilhões, valor custeado pela iniciativa privada.
Na última semana, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, foi a Brasília encontrar o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, para apresentar o projeto. "Esse projeto é eminentemente privado, sem nenhum recurso público", disse Marinho.
De acordo com o ministro, o estudo técnico do projeto deve ser apresentado para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão subordinado ao Ministério da Defesa e ao Comando da Aeronáutica, responsável por autorizar a construção de terminais aeroportuários.
Segundo Marinho, o aeroporto ocupará uma área de 16 milhões de metros quadrados às margens do Rodoanel, eixo rodoviário que interliga estradas paulistas rumo ao interior e ao Porto de Santos. "Esse aeroporto vai ser muito importante, e interligado com todas as principais rodovias do estado", afirmou o prefeito.
Segundo o estudo apresentado por São Bernardo, a área construída somará 1 milhão de metros quadrados. A expectativa é de que depois da autorização do Decea a construção do aeroporto demore até 5 anos.
O prefeito relatou ainda que uma empresa conseguiu uma autorização de direito minerário do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no local, o que exigiu mudanças no projeto. Na visão do chefe do Executivo, no entanto, o imprevisto não deve atrapalhar o cronograma de obras.
A proposta da prefeitura é que o terminal seja o principal polo de movimentação de carga aérea de São Paulo, para rivalizar, segundo o prefeito de São Bernardo, com o aeroporto de Viracopos, em Campinas.
O terminal será operado por um consórcio de três empresas, incluindo companhias controladoras das concessões de Viracopos e Guarulhos. O prefeito disse que não revela os nomes das empresas até que o projeto esteja aprovado.
O projeto foi executado por uma empresa dos Estados Unidos, contratada por uma das companhias do consórcio. A prefeitura negocia também a construção de terminais de cargas da Fedex e DHL.
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