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09 de Dezembro de 2016 – 03h22 horas / Luiz Marins

A tragédia da Chapecoense, inexplicável pela razão como todas as tragédias, trouxe para o Brasil e para o mundo vários ensinamentos. O maior deles, sem dúvida, é sobre a capacidade do ser humano em se unir, em esquecer as diferenças, em superar o espírito competitivo, em se emocionar e se comover com o sofrimento alheio.

 

Durante estes dias pós-tragédia pudemos assistir incríveis manifestações de solidariedade, vindas dos mais diferentes setores da sociedade, muito além do futebol e dos esportes. Literalmente em todo o mundo, do ocidente ao oriente, vimos minutos de silêncio, flores depositadas, lágrimas roladas e homenagens prestadas por pessoas que jamais haviam ouvido falar de Chapecó ou mesmo sejam aficionadas por futebol. Tivemos uma lição mundial de compaixão.

 

O que me pergunto é por que esses sentimentos maravilhosamente humanos e mesmo divinos de solidariedade, misericórdia, compaixão, amor desinteressado e união só se manifestam em momentos trágicos? Por que no dia a dia, as torcidas organizadas que se agridem com exacerbada violência não agem, como fizeram gritando juntas “Força Chape”, com suas diferentes bandeiras, mostrando sua diversidade, com as camisas de seus diferentes times, mas de forma educada, respeitosa e totalmente civilizada?

 

Se somos capazes de ter e manifestar sentimentos elevados de amor e compaixão nas tragédias é claro que podemos, desde que queiramos, igualmente manifestá-los no dia a dia. Basta querer. Basta lembrar que somos humanos, racionais, e acima de tudo, bons por natureza, puros no nascimento e vocacionados para o bem. A prova disso tivemos agora, com o grito “Força Chape! ”.

 

Pense nisso. Sucesso!


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