As restrições impostas pela Prefeitura Municipal de São Paulo são fundamentadas em falsos argumentos, confundindo o tráfego de passagem de caminhões que tem a opção de uso do rodoanel, com o tráfego urbano de caminhões. Os primeiros se utilizariam do rodoanel se já estivesse pronto, como vem ocorrendo na utilização dos trechos oeste e sul daquela rodovia. Os segundos não, eles precisam circular dentro da cidade para atender com eficiência a demanda de abastecimento dos estabelecimentos comerciais e industriais aqui instalados.
Outro falso fundamento das restrições é a demonização do caminhão como se fosse o único responsável pelos problemas de trânsito da cidade, o que não é verdadeiro, sendo a proibição medida paliativa e de resultados pífios e de pouca duração conforme estudo de especialistas.
Além disso as restrições ferem o princípio da proporcionalidade e revelam certo rancor contra os transportadores que são os responsáveis pelo abastecimento na cidade. É necessário esclarecer à opinião pública que tudo o que o cidadão compra e consome andou de caminhão da produção até o ponto de venda: do combustível até remédios, alimentos, roupas e etc.
Como efeito das restrições temos o agravamento das condições operacionais das empresas com evidente repercussão e aumento significativo nos custos do abastecimento A medida ignora o limite da jornada do trabalhador e supõe a possibilidade de abastecimento na madrugada mas que na realidade é inaplicável: os caminhões carregados circulando pela cidade deserta são alvos fáceis do crime organizado. Não há segurança e nem mesmo transporte público nesses horários para conduzir o trabalhador aos seus lares e nem mesmo os estabelecimentos comerciais, industriais estão dispostos a funcionar e receber mercadorias do transportador.
O SETCESP manifesta estranheza por ter sido incluído no pólo passivo da ação movida pela prefeitura, resultado de possível engano da Procuradoria do Município, pois a entidade não representa os caminhoneiros autônomos que decidiram realizar tal protesto contra as restrições. Todavia é de se reconhecer as razões do protesto dos caminhoneiros que tem no caminhão o seu instrumento de trabalho fundamental para sua sobrevivência ameaçada pelas restrições desproporcionais.
SE “TÁ” NA MÃO VEIO DE CAMINHÃO.
SETCESP
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