Somente em janeiro e fevereiro ocorreram 6.508 panes, mais de cem por dia –um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2012.
O diagnóstico foi apresentado ontem pela gestão Fernando Haddad (PT), que anunciou um plano para recuperar 4.800 dos 6.169 cruzamentos com semáforos.
O cronograma prevê começar os trabalhos em julho, para que terminem até 2015.
A gestão petista atribui os problemas à rede precária e obsoleta herdada do governo Gilberto Kassab (PSD) –que nega falta de investimentos.
Repetidas há décadas, as promessas de modernização na rede de semáforos, incluindo a difusão de equipamentos mais modernos, já foram feitas por várias gestões, como nas de Marta Suplicy (PT) e José Serra (PSDB).
Mas as falhas persistem. Em 10% dos cruzamentos, por exemplo, já ocorreram mais de cinco panes só neste ano. Há situações extremas, como na esquina da av. Adolfo Pinheiro com a Padre José de Anchieta, em Santo Amaro (zona sul), com 61 falhas.
FLUIDEZ
O plano da gestão Haddad fala em recuperar os 4.800 cruzamentos, por exemplo, com a troca de peças desgastadas e a instalação de dispositivos de proteção contra raios e que informam sobre panes automaticamente.
Hoje a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) só fica sabendo da maioria dos problemas quando é avisada por agentes ou motoristas.
O secretário dos Transportes, Jilmar Tatto, chegou a dizer que a implantação completa do plano deve melhorar a fluidez do tráfego em 20%.
A licitação que será lançada daqui a 15 dias prevê um gasto de R$ 250 milhões.
Outra concorrência, com custo estimado em R$ 300 milhões, será lançada para a aumentar a quantidade de semáforos inteligentes –que podem ter tempos de abertura variando conforme a movimentação de veículos.
Hoje são 105 funcionando dessa forma, mas a meta é chegar a 3.000 até 2016.
Ontem, fornecedores questionaram Tatto sobre a tecnologia que será adotada (que permite a integração de marcas e modelos diferentes).
A contestação é pelo fato de ela não estar disponível no mercado nacional. Tatto alega que é uma “tendência mundial“ e que as empresas nacionais buscarão soluções.
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