Desenvolvida pelo SETCESP e realizada pelo IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Carga), a pesquisa realizada anualmente mede o IER – Índice de Eficiência no Recebimento de mercadorias nos principais polos recebedores de São Paulo e região metropolitana
Ao todo foram avaliados 299 estabelecimentos englobando atacadistas, centros de distribuição, home centers, magazines e supermercados, entre os meses de março a julho, por meio de 22 itens relacionados à infraestrutura e a processos operacionais de descarga. Com base nas informações apuradas e também nos relatórios repassados pelas empresas de transporte de cargas, o estudo constatou que o IER médio geral entre estabelecimentos deste ano é de 29,26%, contra 24,38% de 2018.
O que representa um tempo médio de descarga – TMD apurado de 2h50, contra 3h22 no ano passado. Uma diminuição de um pouco mais de meia hora, mas que traz significativo impacto, pois representa uma redução de 22% no custo da hora parada do veículo. Para se ter uma ideia, uma carreta de 25 toneladas com 3 eixos, estacionada por 30 minutos chega a custar R$52,52, de acordo com o levantamento do IPTC em setembro desse ano.
Considerando que um centro de distribuição recebe em média entre 280 e 300 carretas de carga por dia (além das entregas realizadas com outros veículos de menor porte), e que em alguns locais o TMD pode atingir 11h, os custos para as transportadoras são exponenciais e isso se reflete diretamente em toda a sociedade.
Sobre os dados revelados pela pesquisa, Marinaldo Barbosa, que é o diretor do segmento de abastecimento e distribuição do SECESP faz questão de lembrar “veículo parado é prejuízo, e o transportador sabe disso como ninguém”.
O levantamento é uma iniciativa da Diretoria de Especialidade de Abastecimento e Distribuição (DEAD) do SETCESP e atualmente é feito pelo IPTC – Instituto Paulista do Transporte de Carga para identificar e mensurar a eficiência no recebimento de mercadorias nos principais polos recebedores de carga da grande região metropolitana de São Paulo.
“Fizemos uma avaliação minuciosa, conferimos se a ordem de chegada no estabelecimento é obedecida, averiguamos se a portaria tem processo dinâmico de recebimento, se a infraestrutura do local é adequada para recebimento de carga, por exemplo, porque cada detalhe reflete no custo ao transportador, e esse custo acaba sendo repassado no frete e, consequentemente, ao consumidor final”, explicou o presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP, Tayguara Helou sobre o panorama apresentado.
Por meio do IER, o SETCESP faz ranking e posteriormente uma premiação com o objetivo de reconhecer o desempenho da melhor rede e a que teve o melhor desempenho, e com isso, incentivar os demais a aperfeiçoarem as suas práticas de recebimento de carga. A lista deste ano classificou 34 redes.
Melhor IER em 2019
Nesse ano, a rede com melhor IER foi a C&C – Casa e Construção com 1 hora de tempo médio de descarga. Vale lembrar que no ano passado a C&C venceu como rede que mais evoluiu no ranking. Ao receber o troféu IER de 2019, Ricardo Ferreira dos Santos, gerente nacional de transportes da C&C agradeceu a todos pelo reconhecimento “quero que todos vocês transportadores saibam que nós temos um respeito imenso pelo trabalho de vocês”.
Quem mais evoluiu no ranking
A rede que mais evoluiu no ranking, em relação a 2018, saltando 29 posições, passando da 36ª posição para o 7º lugar, foi a B2W – empresa de comércio eletrônico que engloba as marcas Americanas.com, Submarino, Shoptime e SouBarato. A rede alcançou o IER de 38,37% com o tempo médio de descarga de 2h45. Também recebendo o troféu, na categoria de melhor evolução, Marco Aurélio, gerente geral da B2W afirmou que a meta agora é a buscar primeiro lugar, “nosso objetivo como empresa, estar sempre entre as melhores”.
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