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19 de Outubro de 2018 – 15h12 horas / Luiz Marins

O que leva algumas pessoas a alcançar resultados espetaculares, a alcançar objetivos muito além das expectativas de qualquer um de nós e a deixarem uma marca indelével naqueles que as cercam? Para os autores James Champy – o ex-presidente da CSC Index e co-autor de Reengineering the Corporation – e para Nitin Nohria, professor de administração de empresas na Harvard Business School, a resposta está na ambição.

 

Eles creem que a ambição é o ingrediente fundamental que transforma uma ideia simples em um negócio global, derruba um império, ou faz de uma família de imigrantes uma rica dinastia.

 

Quase todos sonham em fazer algo especial, seja construir uma nova empresa da Internet, escrever um romance ou entrar para a política. Qualquer que seja o tamanho de seu objetivo, ele é guiado pela ambição. E a ambição – como demonstrado por um estudo nas carreiras das pessoas que obtiveram sucesso – segue uma curva previsível.

 

A curva da ambição, como os autores do texto a consideram, não é necessariamente a mesma para todos. Para alguns, a ascensão é demorada. Assim foi para Sam Walton, que não inaugurou sua primeira loja Wal-Mart antes dos 44 anos de idade. Para outros, a curva se eleva ainda cedo, com frequência quando sua idade é tenra. Michael Dell começou a produzir seus computadores personalizados (ou microcomputadores) no dormitório de seu campus universitário.

 

A ambição é o catalisador que inflama pessoas que alcançam o sucesso e transforma o ordinário em extraordinário. Indivíduos ambiciosos tendem a aparecer quando uma nova tecnologia ou maneira de pensar estende-se pelo mundo. Essas pessoas ambiciosas são as criadoras, as desenvolvedoras e as consolidadoras.

 

As criadoras são inovadoras de verdade que desbravam uma nova tecnologia até o ponto em que transformam em tecnicamente obsoleto um antigo campo da atividade humana. Nas artes, as dançarinas Isadora Duncan e Martha Graham são criadoras. Ernest Hemingway, cujo estilo conciso quebrou os grilhões do estilo vitoriano de escrever, também era um criador. Nas ciências, Albert Einstein e Jonas Salk foram criadores.

 

As desenvolvedoras vêm a seguir. Elas comercializam a nova tecnologia com tanta energia, que toda uma nova infraestrutura é necessária para acomodar sua distribuição. Por exemplo, o sistema subeletrônico dos EUA foi reconstruído três vezes nos últimos 70 anos, por desenvolvedores que descobriram diferentes usos para inovações, do telégrafo ao telefone, do cabo ao satélite e à Internet. 

 

Por fim, vêm as consolidadoras, os gerentes profissionais nos negócios – e os curadores de museus e produtores teatrais, nas artes – que fazem as novas tecnologias funcionarem de maneira consistente e lucrativa. Em última análise, contudo, as pessoas consolidadoras tendem a olhar para dentro – e não para fora – para as necessidades dos clientes, e perdem seus impulsos criativos. O palco, assim, está aberto para uma nova onda de criadores, à medida que o ciclo se repete.

 

O que quero chamar a atenção neste texto é que temos que prestar atenção em nossa empresa para classificar nossos colaboradores nessas três categorias e ver que todas as três são absolutamente necessárias para o sucesso de uma organização. Muitas vezes valorizamos demais as criadoras e nos esquecemos das desenvolvedoras e principalmente das consolidadoras igualmente fundamentais para o nosso sucesso.

 

Pense nisso. Sucesso!


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