Uma das principais queixas de empresários do setor de transporte de cargas é o preço do frete. A reclamação faz todo sentido. Segundo pesquisa realizada pela NTC&Logística há uma defasagem tarifária de 9,81% no transporte de cargas fracionadas e 22,3% no transporte de carga lotação.
Os números, apresentados durante a segunda edição de 2016 do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado – CONET –, ocorrido em Bento Gonçalves (RS), são alarmantes, especialmente por não considerarem a maioria dos impostos e a margem de lucro inerentes ao ramo de transportes.
Como se não bastasse, a pesquisa também apontou que 77% das empresas do setor tiveram queda no faturamento no primeiro semestre de 2016, resultado dos descontos nominais concedidos no frete neste período, que alcançaram 2,6% (real 10,4%) e do menor volume de carga transportado que caiu em média 12,5%.
Para contrabalancear essa situação, é imprescindível que as transportadoras ajustem seus preços de forma rápida, realinhando-os antes que esses valores se agravem de forma a comprometer o orçamento e, consequentemente, a rentabilidade das empresas.
Afinal, não se recupera o tempo perdido. Mas pode-se evitar novo desperdício de oportunidades. Rever o preço do frete e ajustá-lo a realidade é uma excelente oportunidade para isso.
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